Capítulo cinquenta e um - Penúltimo

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Ao ouvir o som da porta do meu quarto se fechar, sinto os passos frios e calculados de Liam atrás de mim, antigamente, isso me assustaria e me afetaria, mas hoje, ciente de que ele está em minhas costas, deixo minha cabeça cair para trás, não cont...

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Ao ouvir o som da porta do meu quarto se fechar, sinto os passos frios e calculados de Liam atrás de mim, antigamente, isso me assustaria e me afetaria, mas hoje, ciente de que ele está em minhas costas, deixo minha cabeça cair para trás, não contendo as minhas lágrimas e nem mesmo fazendo questão de me manter forte diante de todas as lembranças do meu passado.

Com os braços firmes de Liam me cercando e seu queixo apoiado em minha cabeça, deixo que um suspiro trêmulo escape dos meus lábios.

— Quando você se sentir pronta, estarei aqui para escutá-la.

Com o corpo trêmulo enquanto sinto que vou desabar a qualquer momento vou começar a falar, me aconchego mais em seus braços e confesso — Tenho medo, Liam.

— Do que você tem medo?

— Que sinta vergonha de mim, que você mude a maneira como me olha, assim como várias pessoas fizeram depois do que aconteceu.

Virando-me de frente para ele e segurando meu rosto em suas mãos, Liam olha profundamente em meus olhos quando diz:

— Eu jamais sentiria vergonha da mulher que eu amo, Adriana.

Tento me soltar de seus braços, mas ele me mantém firme no lugar.

— Não lute contra isso, querida – ele me pede — Você precisa se livrar dessa dor.

— E-eu.. eu não posso – sussurro entre as lágrimas — Não posso voltar a lembranças que um dia me machucaram.

— Continuaram as machucando se você insistir em esquecer sem se curar.

Erguendo seus olhos até os meus, a dor palpável em sua expressão me consumia por dentro

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Erguendo seus olhos até os meus, a dor palpável em sua expressão me consumia por dentro. Eu queria agarrá-la até que sua dor passasse para sempre. Mas, eu sabia que isso só dependia de Adriana.

— Eu não sei por onde começar – ela diz cabisbaixa, seus dedos apertando a minha camiseta até as pontas estarem esbranquiçadas.

— Comece por onde achar que dói mais em você – afagando seus cabelos, a sinto suspirar devagarmente e apoiar a testa em meu peito, ficamos assim por longos minutos até que Adriana resolva falar, eu não a pressiono, apenas a faço carinho até sentir seu corpo relaxar um pouco e sua respiração se acalmar mais.

THE ICE KING: beyond the darkOnde histórias criam vida. Descubra agora