Capítulo quarenta e quatro

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Carrego Adriana desmaiada em meus braços para fora do banheiro do restaurante, tossindo assim como meus irmãos, que carregavam suas esposas desacordadas em seus braços

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Carrego Adriana desmaiada em meus braços para fora do banheiro do restaurante, tossindo assim como meus irmãos, que carregavam suas esposas desacordadas em seus braços.

Apenas por inalar um pouco do gás tóxico que havia lá dentro, sinto meu corpo pesar e minha respiração falhar, mas não posso deixar que isso me pare, não com ela caída em meus braços.

Saindo no meio de toda a multidão das pessoas no local onde estávamos, passo como um vulcão até a saída do restaurante, agradecendo por meus seguranças já terem acionado a ambulância, que esperavam prontamente pela minha mulher e minhas cunhadas.

O desespero esmagava o meu peito de tal forma que eu podia sentir a agonia em colocar Adriana deitada na maca, eu queria ficar com ela em meus braços e não deixar que ninguém a tocasse nunca mais.

Era minha missão protegê-la, e agora ela estava desacordada. Como eu pude ser tão burro em não notar nas entrelinhas?

— Por favor, cuide delas – peço aos paramédicos, subindo para dentro do carro da ambulância antes mesmo que me chamassem ou dissessem que eu não poderia ir com elas.

— Liam – Thomas chama, seu rosto úmido pelas lágrimas e repleto de dor por ver a sua mulher desmaiada — Estou indo de carro com Ethan, por favor, não deixe que mais nada aconteça até chegarmos ao hospital.

Assentindo para ele, digo sério, com meus olhos presos em Adriana completamente pálida.

— Eu prometo, você tem a minha palavra.

— Thomas – Ethan o chama, sua voz abatida — Vamos, é melhor estarmos lá quando eles chegarem.

— Thomas – mesmo com a agonia machucando meu coração, tento acalmar meu irmão que está aos prantos enquanto olha para Emma totalmente desolado — Ela vai ficar bem.

Engolindo o choro, seus olhos marejados me encaram, e não posso deixar de me culpar por isso.

— Quem pode me garantir isso? – ele pergunta baixo, negando com a cabeça — Emma é o meu mundo, irmão.

— Eu sei – digo baixo, tentando controlar minhas emoções que nem mesmo eu as entendia, mas tudo era demais para suportar, eu queria apenas abraçar o corpo flácido e pálido de Adriana e... chorar pela primeira vez depois de tanto tempo guardando tudo para mim mesmo sem me sentir culpado por isso.

— Nós precisamos ir – a mulher de branco diz, fechando as portas da ambulância mesmo com meus dois irmãos parados no mesmo lugar, encarando suas esposas.

Agarrando firmemente a mão de Adriana, deixo que as lágrimas escorram por minhas bochechas enquanto sinto meu coração doer, uma dor tão insuportável que eu sentia que poderia morrer, como se meu coração estivesse apodrecendo por dentro em pura dor e agonia reprimida.

— Fique comigo, bela – sussurrando as palavras para ela, não me importo com os paramédicos que lutam para mantê-las vivas quando me inclino até que nossos rostos estejam próximos, com uma gota da minha lágrima caindo no canto do seu olho, escorrendo lentamente por sua bochecha, levo minha mão delicadamente para enxugá-la, deixando que toda a minha angústia saísse para fora no momento que eu havia percebido meus sentimentos, no momento que ficou nítido para mim que eu estava com medo de perdê-la, porque Adriana se tornou meu mundo em pouco tempo, e eu não poderia pensar em viver meus dias sem tê-la comigo — Por favor, fique – sussurro entre as lágrimas e com minha voz embargada — Você não pode me deixar, eu quero ser seu, Adriana.

THE ICE KING: beyond the darkOnde histórias criam vida. Descubra agora