Capítulo dezessete

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Meu coração está em mil pedaços, a dor profunda em meu peito aumenta à cada segundo, soluçando, eu continuo vomitando diante do vaso sanitário

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Meu coração está em mil pedaços, a dor profunda em meu peito aumenta à cada segundo, soluçando, eu continuo vomitando diante do vaso sanitário.

Por nojo, por sentir seu toque e meu corpo invadido por ele. Pelas comidas que eu comi assim que entrei em meu apartamento em um momento de ansiedade e culpa, colocando qualquer comida para dentro afim de me sentir aliviada.

Agarro as bordas do vaso, apertando até as pontas dos meus dedos ficarem esbranquiçadas a medida que meu choro se intensifica.

O que eu havia feito de errado para Oliver pensar algo de mim assim? onde eu havia deixado tão aberto para que ele fizesse tal coisa suja comigo?

Me sento no chão do banheiro, enxugando o canto da minha boca com o dorso da minha mão e abraço minhas pernas, com meu corpo convulsionando pelo pânico do ataque.

Penso em ligar para Henrique e desabafar com meu irmão mais velho, mas, isso só os deixaria mais preocupados comigo. E conhecendo meus pais, sabia que eles me convenceriam a voltar para casa e ficar por lá.

Retiro minhas roupas, sentindo minha pele suja quando entro debaixo da água gelada, me esfregando até que minha pele esteja vermelha pela força. Me engasgo em meu próprio choro, desesperada em minha dor profunda quando mesmo passando horas me esfregando, nada me limpava das marcas que ele havia deixado em mim.

Marcas eternas que jamais iriam se curar.

☆☆☆

Na manhã seguinte, quando chego na empresa e caminho pelas pessoas com uma postura rígida, eu sinto o pânico rasgando e crescendo nas palmas das minhas mãos, a agonia forte e a vontade de recuar para casa, apenas para não lidar com Oliver.

No caminho para cá, perdi a conta de quantas vezes pensei em ir denunciá-lo, mas o medo que as coisas só piorassem depois de fazer isso me fez travar diante da porta da delegacia e voltar para o meu caminho.

Meu estômago embrulha e engulo a ânsia de vômito quando olho para a minha mesa, fincando meus pés no chão, uma gota de suor escorre pela minha testa e minha respiração desregula, meu peito está arfando quando lembro-me da noite passada.

— Jesus – Ágata corta meus pensamentos — Você está se sentindo bem? você está pálida.

— Apenas um mal-estar – murmuro, forçando-me a andar até a mesa, desconfortávelmente, me sento em minha cadeira com minhas costas eretas e com as mãos trêmulas.

— Talvez tenha sido algo que você comeu – sugere, apertando as teclas do seu computador, os barulhos agudos acertam fundo em meus ouvidos e fecho os olhos, com meus lábios tremendo e todo meu corpo também.

— Você não parece nada bem – Alice olha em meus olhos, com uma sobrancelha arqueada — Você passou mal ontem?

— Sim – digo para explicar meu sumiço repentino — A comida não me fez bem, então tive que ir embora sem avisá-las, desculpe. Você guardou minhas coisas?

THE ICE KING: beyond the darkOnde histórias criam vida. Descubra agora