Capítulo treze

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O sorriso em minha boca se desmancha lentamente quanto mais chego mais perto da minha mesa na terça-feira, encarando o olhar de pena de Ágata sobre mim, Alice concentrada em seu trabalho, em silêncio

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O sorriso em minha boca se desmancha lentamente quanto mais chego mais perto da minha mesa na terça-feira, encarando o olhar de pena de Ágata sobre mim, Alice concentrada em seu trabalho, em silêncio.

— Diga-me o que há de errado – peço, me sentindo nervosa.

— Senhor Fletcher passou por aqui como um vulcão e ordenou que você fosse até a sua sala assim que chegasse, não é um dia bom para ele.

Minhas sobrancelhas se apertam, o que havia o feito mudar de ontem para hoje? penso em algo de errado que eu possa ter feito, mas absolutamente nada me vem em mente, de repente, me pego com meu coração afundando quando sei que talvez voltaremos aos primórdios.

Talvez Liam tenha se cansado de fingir que se importa com nossa aposta boba.

Me apresso até sua porta, e antes que eu possa bater, como se escutasse meus passos se aproximando, ele ruge do outro lado, com sua voz fria e impiedosa, e apenas sei que as coisas não ficariam bem para mim assim que entrasse.

— Entre – ouço seu comando, fechando a porta atrás de mim e encarando Liam parado, em pé e encostado na borda da sua mesa com seus braços cruzados, seu olhar nunca deixando o meu quando ele diz — Você parece bem.

— Hum, sim? – estou nervosa, a forma como ele me olha não é nada como as outras vezes, e não sei ler suas expressões, é como se ele tivesse apagado suas poucas emoções que deixa à mostra para mim.

— Você terminou seu trabalho como lhe foi ordenado ontem?

— Sim, senhor Fletcher. Está em minha mesa, posso pegá-los se assim você me autorizar.

— Não – diz friamente, me fazendo prender o ar com seu tom, minhas mãos estavam trêmulas.

— Em que posso ajudá-lo, senhor? – pergunto cautelosa, pela primeira vez, realmente temendo por mim mesma diante dos olhos sombrios do homem na minha frente.

— Você pode me ajudar em algo – seu tom é baixo e me faz engolir à seco.

— É.. claro, do que exatamente o senhor precisa? – Liam ajeita sua postura, toda arrogância e poder exalando dele me fez dar um mínimo passo para trás.

— Há algo – ele caminha lentamente até mim como se eu fosse a sua presa, e eu ofego entre meus lábios meio abertos quando ele para diante de mim como um rei do gelo, implacável — Há algo que quero saber de você – ele completa, roçando a ponta dos seus dedos em minha bochecha, escorrendo por meu pescoço e fazendo meu corpo estremecer, meu estômago se anima com as borboletas, e isso me faz passar a língua nos lábios secos.

— O.. o que? – sussurro, Liam sobe o olhar dos meus lábios para os meus olhos, tão frios e duros que fazem minha espinha gelar.

Ele dá mais um passo à frente, quebrando meu espaço pessoal e ficando próximo à mim, com nossos corpos roçando suavemente um no outro, mas o atrito dos nossos peitos se tocando enquanto respirávamos pesadamente me deixava em êxtase puro.

THE ICE KING: beyond the darkOnde histórias criam vida. Descubra agora