『Inocente..?』

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"Quais são as tuas intenções então...?" O meu irmão mais novo perguntou desconfiadamente.


Mexi-me ,desconfortável, enquanto lutava a vontade de calar o meu irmão com as minhas próprias mãos. "João, eu juro que..." Rosnei num tom quase inaudível, vendo o seu sorriso malicioso, típico de um garoto de dez anos.


"Eu...Na verdade eu não tenho nenhumas intenções em me envolver com a tua irmã.." Renato murmurou, pegando numa peça de legos e colocando-a no seu lugar devido.


Os olhos claros do meu irmão observaram Renato enquanto a sua mão pequena colocava outra peça, construindo uma torre.


"A sério?" João perguntou, desconfiando da resposta de Renato que apenas deu uma breve gargalhada, continuando a construir a pequena torre.


"Quem é que iria ter alguma coisa com a tua irmã?!"

Ambos se riram como se o comentário fosse algo hilariante.


Cruzei os meus braços, fuzilando Renato quando os olhos do mesmo se encontraram com os meus.

【...】

O tempo passou lentamente e já no fim da tarde, tive a oportunidade de me despedir da minha família.


"E já sabe! Ligue assim que chegar!" Mariana falou, dando um pequeno sorriso antes de fechar a porta do meu apartamento. Completamente cansado, o meu corpo caiu em cima do sofá e logo olhos esmeralda encontraram os meus.


"Ainda estás aqui?" Resmunguei, vendo Renato por a sua mão sobre o seu peito como se estivesse ofendido.


"Posso saber o porquê da tua arrogância?" Sussurrou, sentando-se no sofá e colocando gentilmente a minha cabeça sobre o seu colo. Cerrei os meus olhos, suspirando.


"Ela já nasceu assim..." Mariana retorquiu e eu apenas revirei os meus olhos castanhos, fazendo pontaria à sua cabeça com uma almofada.

【...】


Despedi-me de Mariana, sorrindo suavemente antes de sair do meu apartamento. A minha mão apertou e senti o meu peito tornar-se inquieto quando os meus olhos encontraram os de Renato.


O moreno encostou-se à porta do seu carro e cruzando os seus braços trabalhados sobre o seu peito, sorriu daquele jeito safado e assobiou enquanto eu descia as escadas ao seu encontro.


"Duvidei que viesses." Ajeitei o fino tecido do meu vestido enquanto o provocava. Ouvi uma pequena gargalhada da parte dele.


"Ai sim?" Sussurrou contra os meus lábios e arfei quando a sua mão empurrou o meu pequeno corpo contra o dele. "Dei motivos para tal?" Respirou contra os meus lábios e senti o meu corpo estremecer com o seu suave toque.


Dando um pequeno beijo nos seus lábios, acariciei o seu maxilar com a palma da minha mão. Renato apenas me ofereceu o seu belo sorriso.


"Talvez..." Sorri de um jeito provocador, dando pequenos carinhos nos seus lábios que pareciam mais apetecíveis do que nunca.


"Cala-te." O homem que permanecia à minha frente agarrou no meu rosto, plantando um longo e delicioso beijo nos meus lábios. Trocando breves sorrisos, ambos entramos dentro do seu carro.


"E onde me pensas levar?" Olhei para fora da janela, observando a paisagem.


Sem ouvir uma resposta, observei Renato tirar do seu bolso um cigarro, prendendo-o por entre os seus lábios antes de posicionar as suas mãos sobre o volante.

Arqueei uma sobrancelha.

"Fumas?" Perguntei.


"Algum problema com isso?" Falou no seu tom bem sarcástico, fazendo-me revirar os meus olhos castanhos. A chama do seu isqueiro rapidamente acendeu o cigarro.


"Problema nenhum." Retorqui, humedecendo os meus lábios enquanto Renato me ofereceu um olhar provocador, brincalhão.


"A um restaurante." Olhei na sua direção, sentindo as minhas bochechas ferverem quando Renato parou o carro no semáforo e me encarou com os seus belos olhos esmeralda.


"E...Eu podia ter me vestido melhor...Não sei..." Gaguejei, apertando as minhas coxas com as minhas mãos do mesmo jeito nervoso que sempre fazia.


A grande mão de Renato rapidamente apertou a minha perna e corando ainda mais, ouvi finalmente a voz rouca e calorosa do moreno que conduzia o carro com a sua outra mão no volante.


"Deixando o meu orgulho de lado, vou admitir..." Observei Renato prender o seu lábio inferior com os seus dentes enquanto continuava com os seus olhos direcionados para a estrada. "não importa a roupa que usas quando nos meus pensamentos estás sem ela."


Engoli a seco a sua provocação.


"Pára com isso Renato!" Cerrei os meus olhos, sentindo o sentimento de vergonha e timidez invadir o meu corpo.


'O traficante espanhol.'Onde histórias criam vida. Descubra agora