'Suspeitas entre beijos.'

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"O meu corpo vai ficar dorido?" Sorri suavemente enquanto provocava o forte moreno ao meu lado que suspirando, continuou com o seu olhar esmeralda na estrada enquanto permanecia com as suas mãos sobre o volante do seu carro e conduzia com uma expressão frustrada no seu rosto masculino.

"O que se passa?" A minha voz soou de um jeito caloroso e olhando para o homem ao meu lado, encostei a minha bochecha contra o suave tecido do assento do carro do mesmo. Os meus olhos castanhos encararam o moreno que humedecendo os seus lábios de um jeito vagaroso decidiu ignorar a minha pergunta. "Renato."

"Como estão as tuas costas?" Os seus olhos claros olharam na minha direção e engolindo a seco, suspirei.

"Doridas." Respondi de um jeito meio nervoso, ouvindo Renato suspirar enquanto passava os seus longos dedos pelos seus cabelos escuros, o seu olhar voltando a encontrar a estrada escurecida.

"E a tua mão?" Perguntei depois de um longo período de silêncio, analisando as marcas nos nós dos dedos do moreno que teimosamente afirmou que estava bem da maneira como se encontrava.

O resto da viagem passou de uma forma lenta e ouvindo a embraiagem do carro parar, desencostei o meu rosto do assento. Levando a minha mão até à maçaneta do carro, suspirei enquanto os meus pés tocavam no chão de um jeito lento. Nem tive tempo de fechar a porta do carro quando senti uma mão agarrar firmemente no meu braço.

Lábios carnudos e calorosos foram pressionados contra o meu ouvido e estremecendo com aquele simples toque, senti braços trabalhados rodearem os meus quadris de um jeito protetor. Renato ainda se recusava a falar enquanto me abraçava do seu jeito apaixonado e relaxando um pouco nos seus braços, deixei as minhas mãos acariciarem os seus pulsos.

"Amo-te." Sussurrei, escutando a porta do carro ser fechada antes das fortes mãos de Renato me prenderem contra o seu carro. Sorri suavemente quando olhos esmeralda me encararam daquele seu jeito bem intenso e humedecendo os meus lábios, levei o meu polegar até rosto de Renato, acariciando a suave pele do mesmo lentamente.

"Tu não sabes o quanto." A voz rouca e grave de Renato soou como uma melodia aos meus ouvidos e sorrindo suavemente, pude sentir a respiração pesada do moreno à minha frente contra os meus lábios necessitados.

Os meus olhos castanhos encontraram os de Renato e tomando toda a coragem que pensei que não tinha dentro de mim, deixei as minhas mãos vaguearem pelo seu peito, chegando até ao colar que Renato tinha em volta do seu pescoço e prendendo o meu lábio inferior por entre os meus dentes, puxei a corrente fina na minha direção.

"Mostra-me." Sussurrei mas fui rapidamente interrompida quando lábios carnudos foram pressionados contra os meus de um jeito caloroso. Cerrei os meus olhos castanhos, arfando contra os lábios carnudos do forte moreno que capturando a parte de trás do meu pescoço, se apoderou dos meus lábios sem dúvida do que haveria de fazer.

Senti o meu peito tornar-se inquieto e o meu rosto rapidamente mudou de tom quando a língua quente daquele moreno roçou contra a minha de um jeito provocador. Com um pequeno sorriso agora presente nos meus lábios rosados não pude deixar de puxar o corpo trabalhado de Renato para mais perto, tentando sentir ainda mais do seu toque que fazia o meu corpo estremecer e implorar por mais.

Senti as mãos de Renato passearem pelas minhas costas arrepiadas e prendendo os cabelos escuros do forte moreno à minha frente por entre os meus dedos, movi a minha boca necessitada contra a dele, suspirando com cada pausa entre beijos.

"Acho melhor ir." Ouvi-o sussurrar contra os meus lábios já um pouco inchados enquanto permanecia com os meus olhos castanhos cerrados. 

"Tens algum lugar onde deverias de estar?" Murmurei ainda de um jeito hipnotizado, as minhas mãos descendo dos cabelos de Renato para pararem sobre a camisola do mesmo, à qual eu dei um leve puxão de forma a pressionar o corpo trabalhado do mesmo contra o meu.

Os meus olhos decidiram deixar os lábios entreabertos de Renato, encontrando rapidamente os olhos esmeralda que me encaravam de um jeito intenso e humedecendo os meus lábios, deixei o meu corpo relaxar quando a grande mão de Renato parou no meu pescoço, trazendo o meu rosto contra o dele mais uma vez.

Os nossos lábios foram pressionados mais uma vez e gemendo contra os lábios de Renato, senti as minhas costas serem pressionadas contra a porta do carro quando senti fortes mãos agarrarem no meu corpo enquanto o beijo se intensificava. 

Estremeci por completo quando ,com uma leve mordida no meu lábio inferior,  notei Renato terminar com o beijo, movendo os seus lábios para o meu ouvido, onde deixou os seus lábios carnudos roçarem.

"Tu deixas-me fora de mim..." Prendi o meu lábio inferior quando notei a voz rouca de Renato contra o meu pescoço e sustendo a minha respiração apressada, deixei as minhas mãos apertarem os seus largos ombros. 

"Eu..." Gemi quando senti a língua calorosa de Renato roçar contra a minha garganta e engolindo a seco, agarrei no seu belo rosto, beijando-o de um jeito necessitado.

"Tenho de ir." Desta vez foi uma afirmação que logo me fez clarear a garganta quando de um jeito apressado, observei Renato acabar com o beijo, encarando-me com os seus olhos esmeralda que deixariam qualquer mulher de rastos.

Permanecemos em silêncio por alguns segundos e voltando a compôr-me, assenti silenciosamente com a minha cabeça, desconfiando um pouco da pressa de Renato.

"Eu...amanha vejo-te." Renato murmurou contra os meus lábios antes de se afastar e passar a sua mão ferida pelos seus cabelos, caminhando até ao seu carro, onde acabou por entrar com o seu olhar intenso em cima da minha pequena figura.

Apenas sorri suavemente, ainda um pouco confusa e assim que notei o carro de Renato desaparecer pela estrada, arregalei os meus olhos quando um carro supostamente estacionado, iniciou a sua embraiagem, e logo a figura desconhecida dentro da carro conduziu com uma grande velocidade.

'O traficante espanhol.'Onde histórias criam vida. Descubra agora