A arte da s3duç40 (JIRAHINA)

Capítulo I

 Hinata perambulava pelas ruas sinuosas de Konoha, semblante taciturno, em busca de uma resolução derradeira para seus dilemas amorosos, ansiando libertar-se das garras da temível "friendzone".

— Hinata, por que essa feição tristonha? O que lhe ocorreu? — indagou Ino, almejando desvendar os segredos da amiga. Hinata mal notara que passara à frente da floricultura Yamanaka.

— Olá, Ino. Na verdade, estou pensando em como mudar minha situação atual.

Em um desalentado relato à sua amiga de infância, Hinata confessou seu desejo ardente de conquistar Naruto de uma vez por todas. Ela declarou o amor que transbordava em seu peito, disposta a empregar todos os esforços em nome desse afeto. Ino, arguta como sempre, prontamente sugeriu uma solução para os infortúnios de Hinata.

— Hinata, já cogitou consultar o mestre Jiraiya? — sugeriu Ino, com ponderação — Acredito que ninguém poderia superá-lo em oferecer auxílio nesse âmbito.

Eureca! Como pôde a jovem esquecer-se do indivíduo que ostentava a epítome de galanteio e mestria na arte da sedução? Sem dúvida, aquele homem possuía o conhecimento precioso que poderia guiar Hinata em questões de amor e sensualidade.

Determinada, Hinata partiu da floricultura, em busca de encontrar Jiraiya. Após alguns minutos de caminhada, chegou à residência do venerável ancião. Bateu à porta uma, duas, três vezes, mas nada. Eis que surge uma mulher da morada, com cabelos emaranhados e maquiagem borrada, ofegante e envolta apenas por uma toalha.

De volta à porta, depara-se com o homem. Ele a observa com curiosidade.

— Bom dia, mestre Jiraiya. Talvez não se recorde de mim. Sou Hinata Hyuga, e venho lhe pedir um favor. — disse, com as bochechas ruborizadas, enquanto tamborilava nervosamente os dedos indicadores.

— Favor? — Surpresa cedeu lugar à curiosidade — O que deseja?

— Quero que me ministre lições sobre a gloriosa arte da sedução — pronunciou Hinata, atropelando as palavras, tal demanda era vergonhosa demais para proferir.

— O quê? — O mais velho não compreendia o amálgama verbal que a mulher à sua frente havia proferido.

— Eu desejo ardentemente aprender a arte da sedução.

Jiraiya encontrava-se atônito, tamanha avalanche de informações a serem processadas. A doce e delicada Hinata almejando transformar-se em uma mulher sedutora? Estaria ele ouvindo corretamente?

Houve um constrangedor silêncio que perdurou por alguns minutos. O homem observou a postura corporal e o traje de Hinata, profundamente perturbado. Vestimentas longas e amplas, que não realçavam sua figura, eram quase ultrajantes. Nem sua avó ousaria trajá-las.

— Nem fodendo — proferiu ele, cerrando a porta na cara de Hinata.

Queria fazer algo diferente kakaak