No ermo do cotidiano, onde os eventos se desenrolavam de maneira trivial e inexpressiva, a vida de Jiraiya, até então imperturbável em sua segurança interna, viu-se abruptamente alterada desde aquele efêmero instante em que os lábios do destemido homem se uniram aos de Hinata. Um simples beijo, um gesto aparentemente banal, porém carregado de significado, teve o poder de destilar a agonia da incerteza em sua mente perspicaz.A mulher que outrora frequentava sua morada, ansiosa por seus ensinamentos que abarcavam não apenas a esfera intelectual, mas também a intrigante intersecção dos desejos carnais e das intricadas nuances do afeto, manteve-se afastada, relegando-o à perplexidade. As lições compartilhadas, as explorações ardentes, tudo havia cessado de maneira intempestiva. Jiraiya, o conhecedor das sendas do prazer, via-se agora emaranhado em inquietações, questionando se a busca pela atração havia, porventura, transgredido barreiras intransponíveis.
A melancolia envolvia Jiraiya. O eco dos pensamentos reverberava incessantemente em sua mente, perturbando-lhe o repouso tanto quanto suas horas de vigília. Cada segundo, cada minuto, cada hora do dia, era um tributo a ela, essa obsessão involuntária que o enlaçava como um amante ciumento. Não evitou de prestar-lhe uma homenagem, tal qual um adolescente punheteiro.
Refletiu intensamente, navegando pelas correntes de pensamento que perpassavam sua mente. Seria prudente procurá-la? Teriam circunstâncias adversas orquestrado essa distância ou seria seu próprio beijo a causa de tal reclusão? Cautela e ansiedade se entrelaçavam, desencadeando uma luta interna entre a racionalidade e os ímpetos passionais.
Às voltas com suas divagações, o venerado Jiraiya tomou a determinação de adentrar os domínios do proeminente Clã Hyuga, em busca de respostas. E assim, encontrou Hinata imersa num duelo de vôlei, movimentos graciosos que delineavam as formas de seu ser e, inadvertidamente, inflamavam a lascívia interior de Jiraiya.
Sua beleza, como uma pintura meticulosamente elaborada por um mestre renascentista, o envolveu de maneira avassaladora. A musa em ação, a ansiedade que permeava seu peito foi suplantada pelo arrebatamento visual, sua visão fixa nas contornadas linhas da figura feminina em movimento. O tecido que acariciava a pele de Hinata revelava a promessa de prazeres proibidos. Foi nesse momento, sob o encanto de sua presença, que os dedos do escritor esboçaram mentalmente cenários de inebriantes experiências, cada pensamento reverberando em suas palavras mentais com uma eloquência vívida e tentadora.
— Jiraiya-sensei, que ventura o traz até esta morada? — indaga ela, ligeiramente ofegante, enquanto suas mãos encontravam repouso sobre os joelhos, manifestando a exaustão advinda da partida recentemente concluída. Em sua ingenuidade, mal suspeitava que a iminência de sua figura estampada naquelas vestes de esporte a lançava num cenário de tentações quase irresistíveis. E Jiraiya, cuja mente ardente navegava nas águas turvas dos desejos proibidos, não pôde senão ceder à sugestão que se insinuava: "Os seios quase pulavam para fora com a corrida. ''Podiam pular na minha boca'', pensou ele.
— Hinata, minha cara aluna, anseio por suas palavras em um recanto mais íntimo, onde possamos tecer diálogos que transcendem as fronteiras do público e do privado.
— Hai.
Conduzido para um santuário privado, Hinata encarou seu mentor, uma postura recém-adquirida emanando de sua figura.
Jiraiya, com a cortesia que lhe era peculiar, tomou a liberdade de assentar-se sobre o leito que, adjacente à parede esquerda, oferecia um convite de repouso. Os lençóis de algodão, cuja textura era um abraço suave para os sentidos, quase sussurravam-lhe à tranquilidade do sono. No entanto, a presença de Hinata e os dilemas que a cercavam prontamente o mantinham acordado, em uma insônia interior que clamava por resolução.
— Qual é o objeto de sua busca, senhor? — indagou a mulher com um toque acentuado de autoconfiança, as sutis metamorfoses ocasionadas pelas lições pareciam começar a florescer, desvendando uma faceta mais intrépida em sua expressão.
O olhar sutilmente curioso do mestre repousou sobre um ursinho de pelúcia que adornava o leito. Um símbolo talvez inadvertidamente revelador, cujas fibras de pelúcia serviam como guardiãs de memórias.
— Diga-me, Hinata, por que esse interregno nas peregrinações intelectuais que partilhávamos? — a voz de Jiraiya, serena e carregada de curiosidade ponderada, acariciava o ambiente como um sussurro melódico. Suas mãos encontraram o ursinho, um elo de suavidade e inocência, que contrastava com as sombras dos sentimentos adultos que ali se desenhavam.
— Oh, senhor, o âmago da questão repousa no que direi a seguir — a voz de Hinata soou como um timbre etéreo, carregado de confissão e sinceridade. — Em verdade, meu constrangimento advém de meu receio em relação ao beijo que compartilhamos, um gesto que se ergueu pioneiro em minha jornada afetiva. Meu primeiro beijo, senhor, um ato de caráter inaugural que me surpreendeu, fazendo-me cingir a dúvida sobre vossa aprovação.
As palavras da jovem, ecoando como um suspiro de autodescoberta, foram como peças de um quebra-cabeça encaixando-se com elegância nos recessos da mente de Jiraiya. O dilema se desvelava, as camadas de desassossego eram suavemente desfeitas, e as sementes da compreensão começavam a florescer em terreno fértil.
O sábio Jiraiya, cuja experiência desvelava os meandros do mundo, estava ciente da inexperiência que envolvia a jovem Hinata, porém, a profundidade dessa inexperiência transcendia suas previsões.
— A luz da verdade, minha querida, projeta-se sobre nós. — as palavras do mestre flutuavam no ar, como folhas de outono em dança lenta. O enrubescimento que tingia as maçãs do rosto de Hinata, como pétalas de cerejeira em florescência, não passou despercebido por ele, que a observava com olhar penetrante.
— A arte do beijo, um poema que se escreve nos lábios e ecoa na alma. — sua voz, modulada como o crepitar do fogo em noite de inverno, transbordava de sabedoria. Hinata, por sua vez, mantinha seus olhos fixos, como uma estrela determinada a brilhar, mesmo sob o manto da timidez.
— E quanto aos toques? — as palavras do mestre ganharam um tom sugestivo, uma sutil curva nas linhas de seu rosto indicando uma travessura serena. A jovem, com postura retificada, encarava-o com olhos que, como diamantes ocultos, revelavam segredos profundos.
— Um caminho de aprendizado, trilhado com cautela. — a resposta dela, como um sussurro na brisa da noite, delineava um passo ousado na senda da experiência.
— Eis um progresso notório — ele declamou, os olhos perscrutando os detalhes do aposento com uma sagacidade peculiar, como se os objetos silenciosos guardassem segredos que apenas ele poderia decifrar. — E os autotoques, a dança solitária dos dedos em busca de sensações? — sua voz era um sussurro eloquente que deslizava pela atmosfera.
— B-bem... — ela hesitou, as palavras saíram como pétalas frágeis de uma flor tocada pelo vento incerto. — Eu não sei se estou percorrendo o caminho certo.
Os olhos de Jiraiya, um espelho límpido da inquirição, nunca deixaram de fixar-se nela. E naquela intersecção de confiança, ele ousou traçar um desafio, uma sugestão:
— Então, permita-me ser o espectador desse balé íntimo, uma harmonia de toques que conduz a sinfonia dos sentidos. — suas palavras eram suaves, mas a intensidade que brotava de seu olhar era uma chama que ansiava por ser alimentada.
— O-o que disse, mestre Jiraiya? — ela repetiu.
— Mostre-me, minha jovem aprendiz, a dança de teus próprios dedos. Revela-me a sinuosidade de teus movimentos. — Sua voz persistia, acolhedora e instigante.
— T-tudo bem. — A concessão veio como um murmúrio trêmulo, uma palavra que, apesar de vacilante, traçava um novo capítulo na narrativa de suas experiências.
No Próximo Capítulo ... MANDIOCA NO BOMBRIL, NÃO PERCAM!!Agradeço muito aos comentários e favoritos :3Eu reviso os capítulo umas 10 vezes antes de postar aqui :v
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A arte da s3duç40 (JIRAHINA)
Fanfic|+18| JIRAHINA | Diferença de idade| Incansável em sua empreitada de conquistar o coração de Naruto, Hinata anseia por alcançar seus desejos, e, para tanto, busca os auspiciosos conselhos daquele que ostentava a alcunha de "mestre do romance e da se...