Capítulo 5 - Encontro com o Pablo

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Romeu estava ansioso para o encontro. Deixou suas coisas guardadas no armário e observou o horário pelas telas de vídeo da sala.

— Daqui a pouco o seu cachorrão chega pra te comer — falou Geraldo, soltando uma risadinha. — Você precisava ver a cara de animação daquele lobo-guará — continuou. — Ele está com muita vontade de te comer.

— Ou será que serei eu que vou comer ele?

— Pelo seu tamanho... É! Realmente! Acho que é você quem vai comer ele hoje.

Pablo chegou como prometido: pouco antes do término do expediente do urso. Além disso, trouxe duas caixas de pizzas e algumas latas de cerveja.

— Parece que hoje o lobinho está animado — a onça-pintada macho deu uma risada. — Se não fosse pelas câmeras, eu diria: assina o ponto e vai! Mas o chefe pode estar assistindo também.

Em algumas ocasiões, o chefe aparecia para supervisionar o local e, às vezes, também trabalhar. Mas isso só acontecia em caso de muita necessidade, como quando uma das funcionárias ficou de licença e ele ficou no lugar dela para não sobrecarregar o recepcionista.

Geraldo, ao ver o lobo-guará chegar no portão de entrada às seis e meia da tarde, pressionou o botão no painel que elevou o portão e o canídeo entrou no motel. Informou-o onde ficava a suíte e qual era o número dela e o canídeo caminhou até ela. A onça-pintada pressionou novamente o botão, dessa vez, para fechar o portão, logo depois do lobo-guará entrar.

Romeu pensou que o lobo-guará fosse até a recepção para falar algo com ele, mas não o fez. Foi ao quarto e deixou o portão aberto para a chegada do urso.

Assim que o expediente terminou e o ursino assinou o caderno de entrada e saída de trabalho, pegou o celular no bolso da bermuda e viu as notificações de mensagens.

Ei! Estou à caminho! Levarei pizza e cerveja!

Um sorriso se formou no seu rosto ursino e ele foi até a suíte. Na garagem de entrada da suíte, pressionou o botão, que fechou o portão para lhes dar a privacidade que precisavam.

Dentro quarto, a decoração em estilo grego romantizava o que fariam ali, principalmente na cama que ostentava quatro colunas jônicas que iam até o teto. O cheiro da pizza o levou até a mesa com tampo de pedra marmorizado no fundo do quarto, onde o lobo-guará separou dois pedaços em pratos de plástico com garfo e faca nas laterais. Duas latas de cervejas estavam logo ao lado do prato.

Sentou-se na cadeira para admirar o lobo-guará vestido com uma camisa regata rosada e bermuda esportiva azul. A carteira, chaves e celular estavam perto das caixas de pizza. Romeu tirou seu celular do bolso da bermuda e deixou-o na mesa também, ao lado da outra caixa.

— Tudo isso é para hoje? — elogiou o urso. — Eu deveria ter me preparado mais.

O canídeo soltou uma risadinha. — Vamos comer? Estou com fome depois do dia de hoje.

Eles abriram as cervejas, as beberam e depois comeram seus pedaços de pizza. Conversaram um pouco mais sobre suas profissões, contudo, Romeu não estava muito interessado no que o lobo-guará fazia da vida, mas sim o que poderia fazer com ele por sobre os lençóis. Tão logo seu membro estava rígido de excitação, os músculos se contraindo só de mentalizar a realização do ato.

O seu corpo massivo aquecia e ele sentiu o suor se formando, por isso, tirou a camisa para refrescar. O lobo-guará soltou uma interjeição de surpresa, com os olhos brilhando de admiração. Pediu para tocar no corpo e Romeu assentiu para que o canídeo realizasse a fantasia que queria. Deixou a lata de cerveja que segurava sobre a mesa.

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