⚠️ Atenção: O capítulo a seguir contém cenas explícitas. Se você assistiu a Pucca na infância (na época em que passava na televisão) provavelmente tem mais de 18 anos, mas eu também entendo que é um desenho para crianças. Por isso, caso não se sinta confortável com esse tipo de conteúdo pode pular esse capítulo. A leitura dele não impacta diretamente na história, é apenas um extra.
Boa leitura!
Quase não consegui trabalhar no dia que se seguiu o festival. A cozinha agora era o ambiente que me trazia memórias que causavam arrepios. Vez ou outra meus tios me pegavam sorrindo do nada, e comentavam o quanto eu estava distraída desde a noite anterior. Apesar de não comentarem mais a fundo, eu podia ver que eles tinham suas próprias conclusões. Felizmente, o dia passa mais rápido do que o esperado, e o expediente termina com mais um dia de lucro. Após os Mogwai se retirarem, a clientela voltou, principalmente pessoas vindas de províncias próximas. Todos estavam morrendo de saudades do macarrão mais famoso da Ásia, e se ouso dizer, do mundo.
Tio Linguini não parou de falar por um segundo que deveríamos fazer outro comercial de televisão, mas tio Ho dissem que mal conseguiamos lidar com a demanda que estávamos tendo agora. Tio Dumpling foi ainda mais ambicioso e ligou para uma jornalista local fazer uma visita, o que deixaria o restaurante ainda mais em evidência caso ela decidisse fazer uma matéria. No final do dia, concordamos que precisávamos de ajuda, e o processo seletivo seria organizado quando tivéssemos certeza de que nunca mais teríamos que lidar com os Mogwai de novo. Ainda era cedo para dizer se haviamos conseguiu nos livrar definitivamente dessa escória.
Me despeço rapidamente e subo para o meu quarto. Tomo um banho, e toda a vez que fechava os olhos eu via ele. O jeito que suas mãos me seguraram firme, o jeito que seus lábios sugaram e morderam os meus, o jeito como seu beijo transmitia carinho e ao mesmo tempo era intenso e abrasivo. Abro os olhos, sentindo meu corpo inteiro esquentar. Tobe não saia dos meus pensamentos nem por um minuto, e eu amava a sensação que as memórias provocavam, mas eu ainda queria mais. Fecho o chuveiro e coloco uma camisola vermelha. Acendo uma vela aromática e coloco uma música enquanto passo hidratante, um ritual que sempre faço antes de dormir. Estou usando o secador para tirar a umidade do cabelo quando ouço um barulho na janela.
Vou até a porta da varanda, e me surpreendo ao ver uma figura encapuzada lá embaixo. Meu coração dispara ao perceber que um ninja escalava o parapeito com uma agilidade impressionante. Com um salto, ele pula para dentro da varanda, e meu coração dá outro salto assim que vejo seus olhos intensos me encarando de volta, bem acima da máscara azul escura. Eu desligo a música sem interromper o contato visual, e ponho o secador já desligado em cima da penteadeira. O arrepio anterior volta e meu corpo inteiro reage a presença dele. Devagar, eu abro a porta, permitindo passagem entre a vidraça que nos separava.
— Você jogou uma pedra na minha janela? — ergo uma sobrancelha, vendo a pedrinha (prova do crime) caída na varanda.
— Eu só estava tentando chamar sua atenção — ele admite.
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Corações Não Mentem
FanfictionApós dez anos fora de casa, Pucca retorna à pacífica vila Sooga, mas sua volta é marcada pela invasão de uma gangue mercenária. Ela busca seu antigo amor, Garu, mas ao ser rejeitada, lembra que existe outro ninja experiente e dedicado para ajudá-la...