cinco | segredos

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Flora Tennense

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Flora Tennense.

- Você tem dois minutos pra me contar o que há de errado. - Encosto no parapeito da porta do quarto do meu irmão o vendo deitado de bruços na cama.

- Vaza Flo.

- Meu sentido de gêmea me diz que meu clone não está bem, é só me falar o que houve. - Me jogo sobre ele abraçando por trás.

- Vai embora Flo, vai irritar sua amiguinha nova.

- Kian. - Me sento na ponta da sua cama e ele se vira pra mim. - Por favor.

- Promete não contar para ninguém? - Ele estende o dedo e eu cruzo com o meu.

    Era uma tradição que criamos desde crianças, juramento de dedinho é pra toda vida e não poderia ser quebrado, deslealdade não estava no nosso vocabulário.

  Kian e eu fomos muito próximos sempre, é claro que ele era metido por ser o gêmeo mais inteligente, mas era ele que me protegia quando eu entrava em problemas, ele dormia comigo quando eu tive medo de escuro até os oito anos.

   Kian podia ser um babaca, mas não pra mim.

- Prometo. - Aperto os nossos dedos e ele se ajeita na cama, cruzando os braços olhando para os forros.

- Há um mês atrás... - Ele começa brincando com o lençol pra distrair. - Eu e a Leslie ficamos, como no verão inteiro, se lembra?

- Lembro...

- Pois é... Bom, em uma das nossas ficadas, a gente transou, como sempre... - Enrugo o cara com nojo. - Mas naquela noite tanto eu, quanto ela, nos empolgamos. - Não... Porra não era o que eu estava pensando, não é? - Eu perguntei se a gente podia fazer sem proteção e ela implorou pra que eu não usasse. Flo...

- Kian... Por favor não me diz que...

- A Leslie Flo, a porra do teste deu positivo e ontem ela me pediu pra ir com ela para fazer o exame de sangue.

- Não fode. - Coloco a mão sobre a boca apavorada.

    Kian sempre planejou todo seu futuro, ele era mais inteligente, mais esperançoso, e agora, agora ele poderia ser pai, isso com certeza não estava nos planos dele.

- Vai ficar tudo bem. - Sinto ele afundar o rosto nas mãos e eu corro para abraçá-lo.

    Porra eu nunca tinha visto meu irmão chorar, ele sempre foi durão, desde que virou adulto, chorar não era a praia dele, ele não fazia isso. Era de cortar o coração o ver assim, perdido, confuso, e se ele está assim, eu nem consigo imaginar como... como ela está.

- Eu vou ficar com o bebê. - Ele diz firme entre lágrimas e eu levanto seu rosto.

- É claro que vai, você não é um babaca. - Eu digo e ele sorri.

FLAMES | (1) Onde histórias criam vida. Descubra agora