[CONCLUÍDO] PRIMEIRO LIVRO DA SÉRIE 'FLAMES'.
Golden's Palace, condomínio mais requisitado de Miami, e mais conhecido como lar dos queridinhos.
Alguns jovens adultos enfrentam traumas passados que deixaram marca e descobrem que um dos seus tem um pa...
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Elise Fachini
Minhas mãos soam, minha cabeça dói como nunca antes, minha visão era embaçada. Meu nariz sangrava, e haviam cortes nos meus braços e pulsos. Eu não consegui.
As últimas lembranças na minha mente eram de uma luta física. Eu fui empurrada contra mesa. Empurrada contra o espelho, peguei a faca de cozinha acertando o braço da pessoa encapuzada, mas foi em vão, eu fui sedada. Fui raptada.
O gosto amargo na minha boca me faz sentir uma ânsia de vômito subir, meu estômago aperta. Tento me sacudir mas era impossível. Minhas mãos e pés estavam amarrados em uma cadeira, um pano na minha boca. Os apertos eram fortes e provavelmente iriam deixar marcas roxas por todo meu corpo.
- Você acordou. - A voz ecoa pela fala escura. Eu não o enxergo, mas sei que está ali.
Tento dizer algo mas o pano que foi preso a minha boca me impedia, então soou mais como vários murmúrios.
- Pequena Facchini. - A pessoa à minha frente cantarola meu sobrenome e só pela forma que saiu me fez querer vomitar.
Eu forçava minha visão para enxergar algo além da escuridão mas era em vão, não o via de forma alguma.
Mas ele estava ali.
- Separei umas fotos de boas-vindas a você, espero que goste Fachini.
A voz continua a soar e então um ponto de claridade atinge uma das paredes a minha frente, quase me cegando.
A imagem me faz fechar os olhos quase que imediatamente. Pavor arrepia todo meu corpo me fazendo soltar um grito que fora abafado pelo pano.
Aquela cena jamais sairia da minha cabeça a partir de hoje.
Maximus Swender. Sua garganta cortada, da direita a esquerda, o corte não estava aberto mas era possível ver o sangue ali. Ele morreu engasgado no próprio sangue. Morto. Ele está morto.
- Não feche os olhos querida, tirei especialmente para você. - Não saber a origem da voz maldita estava me irritando em uma proporção enorme. Aperto meus dedos na palma da mão até que eu deixasse de sentir a ponta dos dedos. - Você me lembra muito Helena, sabia? E é claro, tem a agressividade dos pais na veia, se não, não teria esfaqueado minha parceira não é? - E enfim a voz sai das sombras. Meus olhos arregalam tanto que podia sair de órbita.
