dezoito | alivie a dor

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Elise Fachini

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Elise Fachini

Balanço as pernas sobre a beirada da cama impaciente, era a vigésima vez que eu checava meu celular em menos de três minutos, ele não me respondia, nem ao menos vizualizava.

Onde você se meteu Max ?

Havia se passado duas semanas desde a mensagem que eu o mandei, ele devia ter respondido, fui a academia ao longo da semana, mas estava fechada, algo estava errado, o que aconteceu com ele?

- Porra Max! - Exclamo raivosa e olho para a glock sobre minha cama, descarregada.


Volto a guardar a arma carregada no cofre na parede do meu closet, eu estava pensando mais que meu cérebro poderia alcançar, eu tinha perguntas sem respostas, já que Max não me responde, eu não sei nem por onde começar, ele desapareceu, sem deixar rastros.

Era confuso, estávamos voltando a ter uma boa relação, como antes, por que ele sumiria? Helena não estava mais viva para me afastar dele, o que eu havia feito de errado desta vez?

Vou até o banheiro, ligo a água esperando encher a banheira e me sento sobre o vaso sanitário olhando a água fluir. Estava tudo muito quieto, silencioso e eu nem me lembro a última vez que estive em tanto silêncio assim já que minha mente era um caos a todo tempo.

Na universidade tem sido tranquilo, não tenho ficado com os garotos, agora somos apenas eu, Flora e Eliot, já que eles estão juntos outra vez.

Fui visitar Les algumas vezes mas evito de ir e acabar encontrando com Apollo, ainda me sinto sem graça pelo o que aconteceu naquela noite, ele brinca com a situação e eu sei que ele nem ao menos lembra mas foi diferente pra mim, ele nem ao menos olhou a minha cicatriz, ele parecia tranquilo com isso. Comigo.

Desligo a água quando a banheira estava cheia o suficiente e eu tiro minhas roupas colocando a mão na água, testando a temperatura, morna.

Entro na banheira me sentando, olhando pra parede, sozinha, minha mente começa a borbulhar em teorias sobre Max. O que ele fez ?

Eram como lacunas não preenchidas, ele se afasta de mim outra vez.

Helena adoraria ver isso, me ver sofrer pela partida dele outra vez, sem nenhuma explicação, provavelmente ela estaria no meio disso.

Acordo como se houvesse despertado de um sono pesado, sinto uma pontada no meu pescoço vendo um grande hematoma ali, me levantando esticando a coluna e percebo. Eu estava no chão frio, estava com as roupas rasgadas e havia sangue de baixo do meu corpo. Mole, me esforço para levantar e me aterrorizo ao me olhar no espelho. Nos ombros, uma mancha enorme de sangue manchava minha camisa e minha saia estava destruída e ensanguentada.
   Meu nariz estava roxo, meus lábios cortados, meu pescoço me incomoda e então eu percebo.

FLAMES | (1) Onde histórias criam vida. Descubra agora