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Apollo Gutierrez

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Apollo Gutierrez

- Eu vou voltar lá e matar aquelas duas piranhas. - Katherine resmunga e eu me jogo no sofá colocando as mãos no rosto.

Porra que tapa na cara foi esse.

- Vai embora. - Mando e ela para.

- Como é?

- Vai embora.

- Não pode me expulsar assim, eu cuidei de você por dois dias!

- E o que você quer? Obrigado? Vai embora Katherine.

- Vai se foder. - Ela pega sua bolsa e bate à porta ao sair.

Minha cabeça latejava, a maconha já nem fazia mais efeito e eu sentia que poderia vomitar a qualquer momento.


Eu preciso beber algo.

Levanto no sofá massageando as têmporas e pegou uma dose de whisky no bar.

- Vamos sua merdinha, levante-se!

Eu estava hiperventilando, desesperado por ar enquanto lidava com a ardência na minha costela.

Ele continua me chutando ali.

Pais não eram para nos proteger? Então por que ele faz isso comigo?

- Eu disse pra se levantar porra! - Ele me puxa pela gola da minha camisa social branca, que agora estava molhada com o sangue que escorria do corte do meu lábio e nariz.

Ele me põe sentado na poltrona do seu escritório.

- Não vê? Está fraco. - Ele diz próximo ao meu rosto, o forçando a olhá-lo nos olhos. - Preciso que esteja pronto.

- Eu te odeio Ethan.

- Ótimo. - Ele gira nos calcanhares e pega um pano estendendo a mim. - Faremos de novo na próxima semana e espero que consiga revidar. - Ele sai do escritório me deixando sozinho, machucado, com frio, com medo.

Uso o pano para secar um pouco o sangramento do meu nariz e me levanto irritado, dando um soco na parede ao lado do porta retrato gigante na parede.

Ótimo presente de 14 anos, papai...

Meus olhos enchem de lágrimas e eu as seguro.

'está vendo? está fraco!'

Deixo o copo sobre o balcão, a sala inteira girava e eu me sentia um lixo.

- Les. - Digo convicto e vou até a porta devagar, me segurando nas paredes até lá.

Avanço até o botão do elevador torcendo que estivesse vazio.

Eu estava destruído. Ele me destruiu.

FLAMES | (1) Onde histórias criam vida. Descubra agora