quinze | tesão

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Elise Fachini

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Elise Fachini


- Eu te odeio. - Grito para a mulher que espumava de ódio na minha frente. - Não pode me controlar a vida inteira!

Sinto minha bochecha arder, minha cabeça gira um pouco, ela me deu um tapa do lado direito.

- Você é uma vadia ingrata Elise. Eu fui a única que estive com você, e agora me troca pelas palavras daquele velho? - Ela ri histérica. - Maximus não tem nada a te oferecer, ele não é nada!

- Ele me trata melhor que você.

- Ah é? Ele passa a mão em você ou algo?

- Porra, não! - Me espanto. - Que tipo de mãe é você Helena?

- O tipo que está vendo a filha se perder com a porra do treinador até tarde da noite sem me dar satisfação, você acha mesmo que só porque tem dezoito anos pode fazer essas merdas Elise Fachini?

- Ele não me machuca, você sim.

- E agora você é quem você é. Eu te ajudei.

- Ajudou? Você me deu motivos suficientes pra odiar a mim mesma, odiar você, odiar todo esse sentimento terrível, a única coisa que você me ensinou foi a me reprimir!

- Entenda como quiser Elise. Um dia vai entender.

- Você é louca!

- Olha aqui sua vadiazinha... - Ela segura meu cabelo. - Olha bem a sua boca dona Elise. Eu ainda sou sua mãe.

- É... Ainda.

Ainda era madrugada, acordo com um pesadelo onde lá estava ela outra vez. Suspiro. Olho para baixo e vejo a blusa que ele me convenceu a vestir.

que horror.

Eu não sei nem que horas são, me levanto devagar da cama para não acordar o moreno ao meu lado e procuro meus pertences pelo quarto.

Minha cabeça estava prestes a explodir, eu sentia algumas pontadas fortes atrás dos olhos e minha garganta ficar seca.

Abro a porta do banheiro e minhas roupas não estavam mais ali, onde ele as colocou?

Vou até a porta do quarto abrindo a maçaneta muito devagar vigiando as reações dele, impedindo que ele acordasse. Ele se remexe na cama e eu paraliso.

Espero ele adormecer outra vez e abro a porta saindo do quarto, pego meu celular sobre a mesa da sala.

04:56.

Já estava amanhecendo e eu pude ver pela janela enorme do apartamento o sol nascendo.

Desisto de procurar as minhas roupas e sigo para a saída, eu precisava ir embora.

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