Trinta e oito | fim

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Apollo Gutierrez

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Apollo Gutierrez.

Dois meses depois.

A brisa estava agradável e o sol quente, na beira da praia o movimento era o mesmo. Abaixo meus óculos de sol ao ver a mulher que a muito tempo chamei de mãe vir em minha direção. O que eu diria? Eu tinha algo a dizer? Talvez eu espere ela falar primeiro.

- Bom dia. - Ela sorri e parece mil vezes mais confiante do que me lembro que era. - Como estão? - É a primeira coisa que ela pergunta.

- Ela está melhor, se é o que quer saber.

- Podemos nos sentar? - Ela aponta para a mesa e eu aceno indo com ela até lá, me mexo tentando achar uma posição confortável mas diante essa situação, nada era confortável. - Eu sei que não está sendo fácil para você mas você precisa entender o que aconteceu.

- Nunca pensou em voltar pra me buscar?

- O tempo todo meu filho. Mas eu não podia aparecer lá e te buscar, ele me mataria.

- E enquanto a mim? Eu era só uma criança! - Tento manter a calma.

- Se eu pudesse teria feito tudo diferente mas não consigo e nem posso filho. Acha que eu não queria você? É isso?

- Você não me procurou.

- Está enganado, te procurei tanto que por alguns meses pensei que aquele monstro tivesse te matado. - Ela toca minha mão, que está cruzada sobre a mesa. - Como você está?

- Acho que nunca estive tão bem em toda a minha vida. - Confesso suspirando e ela sorri.

    Quando eu era criança imaginava por horas ela sorrindo pra mim, até mesmo depois das sessões de tortura, na minha mente ela estava lá, sorrindo pra mim, tendo orgulho do seu filho.

- É ela, não é? A mulher da sua vida?

- É ela.

- Eu já sabia antes que você imaginasse. Quer dizer, Helena sabia.

- Você a viu antes que ela morresse? Lise sempre trás uma versão triste da mãe a tona.

- Helena teve problemas psicológicos depois dos abusos constantes de Max e as ameaças frequentes de Ethan, ela só queria criar sua filha em paz, sem ter o mesmo destino que eu tive. O que fez ela viver em constante medo.

- E por isso foi um monstro?

- Talvez, tudo que ela queria era proteger a garota.

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