Capítulo XXXIII

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≈Antônio •

Deito na cama com cuidado para não acorda-lá mas é em vão. Amanda se vira me buscando e puxo ela para um abraço apertado.

— Desculpa por tudo o que aconteceu hoje - ela sussurra sem abrir os olhos.

— Você não teve culpa de nada.

— Ele não deveria ter vindo aqui.

— Você não tem culpa pelo que seu ex fala ou faz, amor.

— Eu... só não queria que você duvidasse... - a voz dela falha.

— Amanda - pego a mão dela e entrelaço a minha - eu já disse e vou repetir, não duvidei nem por um segundo disso. Eu a sinto. Ela está em você, mas eu a sinto.

Amanda suspira.

— Eu te amo, obrigada por ter aparecido na minha vida.

— Eu também te amo, meu amor. - respiro fundo - queria falar algo com você.

Ela se ajeita buscando meus olhos.

— Pode falar.

— Eu queria saber o que você acha de buscarmos um apto só nosso. Nossa casa. Da nossa família. Eu tenho meu apartamento, você tem o seu, mas... acho que seria bom termos algo nosso, em que vamos fazer tudo do 0, memórias exclusivas nossa e - espalmo a barriga dela - do nosso bebê.

Vejo os olhos dela lacrimejarem e ela concorda.

— Vou vender o meu apartamento e fico aqui enquanto não achamos o lugar certo, depois vendemos aqui.

— Tudo bem. - ela concorda - seria ótimo mesmo... e mais seguro.

— Exatamente.

Passamos algumas horas procurando apartamentos na região e encontramos um perfeito e já mobiliado, enviamos uma mensagem e aguardamos a confirmação de uma visita no dia seguinte.

— Amor, queria te perguntar algo... faltam algumas semanas para conseguirmos ver o sexo do bebê, mas já falamos tanto que é uma menina que eu queria confirmar. - ela brinca com as pontas dos dedos no meu peito - o que você acha de fazermos uma sexagem fetal?

— Por mim tudo bem. - dou uma risadinha - eu já sei que é menina.

Faço carinho na barriga dela.

— A coelhinha do papai.

— Ela mexeu, acho que ela já te reconhece.

— É claro que ela reconhece. Porque ela é o meu amor, a minha coelhinha.

— Meu coração derrete cada vez que você conversa com ela.

— Eu amo muito vocês.

— Nós também te amamos!

— Eu estou com muito medo de não estar aqui para vocês. - respiro fundo - muito mesmo.

— Não fala assim amor, você vai estar.

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