XXXIII
Eu não vou a lugar nenhum amor
(Song for a Soldier by Sara Bareilles)
~*~
20 de dezembro de 1978
Hermione sorriu quando Regulus recuou ao entrar na Sala Precisa.
— Não vamos praticar hoje? — ele perguntou, hesitantemente caminhando em direção à poltrona oposta aonde Hermione estava sentada. Quando Hermione balançou a cabeça, os lábios dele se curvaram em desdém. — Suponho que seja uma réplica exata do Salão Comunal da Grifinória?
O sorriso dela aumentou quando ele fez uma careta ao ver como sua poltrona era fofa.
— Sala Comunal da Grifinória de Hermione Granger, sim, — ela disse, abandonando qualquer decoro adequado para colocar as duas pernas no braço da cadeira escolhida. — É mais aconchegante do que a sala comum dos anos 1970, se você quer saber.
Regulus resmungou algo ininteligível sob sua respiração, parecendo maravilhosamente desconfortável cercado por Grifinória vermelho e dourado, com cadeiras estofadas desarrumadas e uma lareira acesa dentro de uma pequena lareira. Não era uma réplica exata em si, porque, como Hermione confessou a Regulus semanas atrás, ela estava começando a esquecer algumas memórias minúsculas de Hermione Granger. A Corvinal não tinha certeza se as cores das poltronas eram exatamente os tons de vermelho-laranja, ou se o enorme e orgulhoso leão estava colocado no lado leste ou oeste da sala comunal. Mesmo assim, a sala fornecida pela Sala Come-and-Go evocava sentimentos que Hermione Granger sentia cada vez que entrava em sua sala comunal, e isso era o suficiente para a morena.
— Por que não estamos duelando hoje? — ele perguntou.
— Porque é o último dia antes das férias, — ela exclamou, antes que um bocejo preguiçoso escapasse de seus lábios. Hermione esfregou os olhos que coçavam e ficou mais confortável no sofá, suas pálpebras já tremulando fechadas enquanto o fogo crepitante a embalava em um descanso pacífico.
— Não dormiu bem na noite passada?
Ela abriu um olho e sorriu timidamente para Regulus.
— Eu dormi como um bebê, — ela corrigiu, — mas fiquei acordada até as primeiras horas da manhã. Meus colegas de quarto e eu perdemos a noção do tempo na noite passada e conseguimos terminar a cobertura do quinto ano de Poções de uma só vez.
— Você e seus amigos são malucos, — Regulus disse com um bufo. — Estou feliz por não estar estudando com você este ano.
— Ah, então Crouch e Rosier são colegas de estudo mais decentes do que eu? — Ela perguntou, abrindo totalmente os olhos enquanto lançava um sorriso zombeteiro em sua direção.
Regulus fez uma careta.
— Eu prefiro estudar com a Lula Gigante, para ser honesto, — ele resmungou, fazendo Hermione rir. Um bocejo suave explodiu de seus lábios mais uma vez.
— Talvez você devesse apenas descansar hoje, Pettigrew, — o herdeiro Black apontou. — Eu nem sei por que você me pediu para conhecê-la hoje.
Hermione sacudiu o cansaço e remexeu no bolso. Ela puxou sua lista amassada de horcruxes, com os números um e dois já riscados.
— Precisamos discutir isso antes de deixarmos Hogwarts, — ela insistiu. Ela deliberadamente mudou de posição na poltrona mais uma vez para se sentar corretamente.
— Eu disse a você que conseguir o diário não vai ser um problema, — ele assegurou. — Já devo comparecer ao Baile Malfoy na véspera de Natal, e vou pegar o melhor Whisky de Fogo do Ogden's e incitar o nojento Malfoy a beber o quanto puder, até que ele esteja bêbado demais para perceber que peguei o dele anel de sinete para abrir sua maldita sala secreta. Vai ficar tudo bem.
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Hero of The Story - Tradução
Genç KurguTalvez o destino não quisesse que Hermione Granger fugisse. Talvez o destino quisesse que Hermione Granger mudasse o mundo em vez disso. Em que, com outra chance de vida, Hermione inesperadamente transformou os vilões de sempre em heróis. Era dos Ma...