Não queria te preocupar

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~Delegacia de Piltover, dois dias depois~

— Vi... Violet! — Vi voltou à realidade, encarando o outro que a observava com preocupação. — Cê tá bem?

— Huh? Ah, sim! Estou bem.

— Jura? Só perguntei porque você está parada na frente do quadro tem cerca de 15 minutos. Está só admirando ou procurando algo para fazer? — Ele perguntou, fazendo-a rir fracamente.

— Só estava olhando. Desculpe. — Ela disse, coçando a cabeça e se afastando do quadro. — Não sei, Bob... acho que estou fazendo algo errado.

— Como assim? É trabalho ou casa? — Ele perguntou, e ela confirmou que era sobre casa. Então o homem cofiou a barba pensativamente. — É a sua xerife? Aconteceu alguma coisa e você não sabe o que fazer para ajudá-la? — Ela confirmou balançando a cabeça. — Bem, conte-me o que aconteceu.

— Essa é a questão! Não sei o que aconteceu e ela não me conta nada. Eu quero perguntar, mas sei lá... não quero me intrometer e deixá-la mais estressada do que já está. — Vi disse, esparramando-se em uma cadeira.

— Vi, você é a namorada dela, não é? — perguntou, e ela assentiu. — Então você vai se intrometer. É isso que se faz quando ama alguém. Não estamos nos intrometendo, estamos preocupados. — disse, fazendo-a franzir a testa. — Escute, eu venho de uma época e lugar diferentes, não posso te dizer como resolver isso. Mas posso te dar um conselho. Você tem que saber controlar o tempo de esperar e o tempo de agir, se conseguir manter essas coisas equilibradas, então tudo ficará bem.

— Acho que... eu entendi. — ela disse, sorrindo para o mais velho, que lhe deu uns tapinhas no ombro. — Valeu, Bob! Para um velho, até que você não dá conselhos ruins.

— Hah, que bom saber disso, soquinho! E faça-nos o favor de acalmar logo aquela fera. Cait está tão assustadora que fez a estagiária chorar. — os dois se divertiram conversando antes de Vi subir para a sala de Cait. A preocupação invade sua mente. As perguntas feitas nos dias anteriores voltam, o receio de brigar com a mais velha a perturba. Ao passar pela secretaria e receber um aceno simpático, Vi entra na sala de Cait, que parece tensa.

— Oi, cupcake! Eu estava lá embaixo e vim ver como você está. — diz Vi, mas Cait não a olha, com a atenção voltada para os vários papéis à sua frente. — Cait! — chama Vi novamente, mas Cait apenas levanta a cabeça, mantendo os olhos fixos nos papéis.

— Ah, já terminou suas tarefas? — pergunta Cait, sem prestar muita atenção em Vi, que, antes nervosa, agora se irrita.

— Sim, terminei. E-Eu queria saber...

— Ótimo! Se puder, gostaria que fizesse uma ronda pela ponte. — diz Cait, assinando os papéis em sua mesa sem se importa com Vi.

— Eu vim aqui para conversar com você. — insiste Vi, mas Cait permanece alheia. — Estou falando com você! — eleva a voz, fazendo Cait balançar a cabeça.

— Vi, eu estou ocupada agora! — ela finalmente diz, olhando-a nos olhos.

— É, percebi! Mas está se afundando em trabalho desnecessário. — diz, deixando a mais velha irritada. — Qual é, Cait? Você sabe que não precisa mexer nisso, está apenas procurando desculpas!

Entre fios vermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora