Boy or Girl?

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[...]

Os dias voaram e, finalmente, chegou o momento tão aguardado de descobrir o sexo do bebê. Vi e Caitlyn estavam ansiosas. Nas semanas anteriores, Vi cuidou de Caitlyn com zelo, sempre vigilante ao seu redor para garantir uma gestação tranquila. Trabalhou horas extras, ajudou em situações não essenciais apenas para aliviar a carga de trabalho de Caitlyn. Até uniu forças com sua irmã para enfrentar os barões da química.

— Está tudo bem? Está com dor? — perguntou novamente, causando estresse em Caitlyn e arrancando risadas de seus pais.

— Amor... Já te disse cinco vezes antes de chegarmos aqui que estou bem. Então, por favor... — Fez uma pausa e suspirou. — Relaxe. — Pediu, acariciando o rosto da rosada.

— Família Kiramman, sempre é um prazer vê-los. Como está se sentindo, Caitlyn? — perguntou a mulher ao se sentar à mesa.

— Como disse para essa aqui... — Indicou Vi com os olhos. — Estou bem. Apenas com alguns enjoos e dores.

— Isso é algo bastante comum. Depois te darei algumas dicas para minimizar os enjoos e algumas posições relaxantes para aliviar as dores. Vamos começar com a ultrassom. — Após se deitar na maca e ter o gel aplicado em sua barriga, todos aguardavam ansiosamente para descobrir o sexo do bebê. Vi encarava a médica intensamente, esperando sua resposta.

— O bebê tá bem? — Perguntou, preocupada com a demora e a expressão de preocupação no rosto da médica. Caitlyn segurava a mão de Vi, também inquieta pela espera, até que a médica se virou para eles, retirou a máscara e sorriu.

— Está tudo perfeitamente bem. Parabéns! É uma menina.

Os pais de Cait comemoraram abraçados, Cait não conteve as lágrimas ao ver sua filha na tela e Vi riu emocionada, beijando a mão de Caitlyn.

O dia voou, com muita alegria compartilhando as novidades com os amigos. Agora que descobriram ser uma menina, Caitlyn já pensava em voltar às lojas para ver o que comprar, ideia que chegou aos ouvidos da sua mãe, ansiosa para participar das compras. A mais velha cedeu e nos dias seguintes foi assim: trabalho, casa, compras, dormir, e mais trabalho. A rotina se resumia a isso, sem reclamações. Estava tudo perfeito desse jeito.

~Piltover, 19:08~

— A cerimônia vai começar às 09:00. — Caitlyn informou.

— Ok. Não tenho casos para trabalhar, então estarei lá. — confirmou Vi, concentrada.

Caitlyn já está nos últimos meses da gravidez, com a barriga mais proeminente, precisando evitar esforços. Apesar de ter tirado licença do trabalho, como xerife da cidade, não pode escapar das responsabilidades. Se não pode ir ao trabalho, o trabalho vai até ela.

Ez assumiu a função de mensageiro, Vi e Bob estão mantendo a delegacia em ordem conforme as instruções da Caitlyn. Jayce também está ajudando enquanto está de licença, providenciando equipamentos quando necessário. Vi e Caitlyn ainda residem na casa dos Kiramman, mas estão começando a sentir a necessidade de mais espaço e privacidade. Caitlyn está cansada de ouvir sua mãe falar sobre o futuro. Ela não se incomoda em pensar sobre o futuro, imaginar sua filha nos seus braços, correndo pela casa, sempre a enche de alegria. No entanto, sua mãe aborda o tema do casamento com muita frequência, e as duas concordam que não estão prontas para isso. Violet ficaria extremamente estressada se o assunto do casamento fosse mencionado agora, e Caitlyn não quer deixá-la ansiosa. Então, ela deixou claro para a mãe que esse assunto ficaria entre elas, pelo menos por enquanto, mas suspeita que a mais velha já tenha conversado com Vi sobre isso em particular.

— Olha, a sensação de leveza ao correr será ainda melhor agora. Muito mais confortável, eu diria. — Vi mostrou animada o ajuste que fez na manopla, fazia tempo que não a usava em ação, geralmente só quando está em conflito com Jinx.

— Não acha melhor acolchoar mais? Mesmo com as faixas, sua mão ainda fica toda machucada.

— Acho que já coloquei demais. Além disso, com esse novo ferro que o bonitão me arranjou, tá bem melhor.

— Se você diz. — Deu de ombros e suspirou, Caitlyn também está fazendo melhorias em sua arma. Caitlyn aprecia esses momentos com Vi, apenas as duas juntas, trocando ideias até que eventualmente se peguem em algum canto. Pelo menos era assim que deveria ser, mas com sua mãe em casa, ela não se sente tão à vontade e acaba perdendo todo o tesão. Ela estava impaciente. Não queria descontar suas frustrações em ninguém, e o sexo era a única coisa que ela pensava que poderia ajudar, mas agora nem isso parecia ser uma opção.

— Podemos falar sobre isso novamente? — Ela perguntou, largando a arma na mesa.

— Sobre o quê? — Vi perguntou, despreocupada.

— Sobre nós! Estamos há quase um mês sem transar, Vi! — Ela disse, batendo a mão na mesa, frustrada. Ela virou-se para ela, um pouco surpresa, tirou os óculos de solda e os colocou sobre a mesa.

— Cupcake... — ela respirou fundo. — Está bem, vamos falar sobre isso. De novo! — Cruzou os braços, encarando-a com calma. — Você mesma disse que aqui não rola. E você não quer ir para o meu apartamento...

— Muito longe.

— À noite você dorme como uma pedra.

— Sua filha que faz isso comigo.

— E durante o dia você fica ocupada com coisas da delegacia ou enfurnada no escritório.

— Ainda sou a xerife, não tenho escolha.

— E nas minhas folgas, você vai caminhar com seu pai.

— Ele é meu pai, né!

— Então, o que você sugere que façamos? — Caitlyn ergueu o dedo e abriu a boca para falar, porém permaneceu em silêncio. Demonstrou sua insatisfação cruzando os braços e fazendo bico. — Viu só? — exclamou, ao se levantar e abraçar sua cintura, dando-lhe um beijo na bochecha.

— Você é minha namorada e até agora só trocamos carícias e alguns amassos. Eu gosto mas... — Ela a surpreendeu, puxando-a para mais perto.

— Está com saudade de quando fodiamos em qualquer lugar? — sussurra ao passar a língua em seu ouvido.

Deslizou sua mão da cintura para as nádegas, apertando-as com firmeza, fazendo com que ela erguesse a cabeça e soltasse um gemido. Caitlyn permitiu que a outra fizesse o que quisesse em seu pescoço, mas infelizmente foram interrompidas pelo chamado de sua mãe. — Porra...! — ela reclamou, enquanto Vi suspirava selando seus lábios, soltando uma risada silenciosa. — Eu vou cobrar por isso mais tarde...

— Você quem manda cupcake~!

Entre fios vermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora