O que temos em comum

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~Há alguns meses~

Caitlyn estava há duas horas treinando intensamente. Havia brigado com Vi por algo que ocorreu durante uma missão e agora se encontrava ali, tentando escapar dos conflitos.

— "Não foi nada". Ela disse! "Foi apenas um beijo, e eu a afastei". Ela disse! — Os disparos podiam ser ouvidos de longe, aumentando sua frustração. Melhor, furiosa seria a palavra correta.

E como não estaria? Ok, era uma missão de disfarce, Vi precisava fazer aquilo pela missão. Porém, ao ver a mulher se atirando para cima dela, não conseguiu se segurar. A adrenalina foi tanta que quase arruinou a missão e acabou discutindo com Vi.

As munições estavam se esgotando, e, de 30 tiros, Caitlyn errou 29 vezes. Acertou apenas o primeiro impulsionada pela raiva. Tentava novamente acertar o alvo, mas falha. Depois de tantas tentativas fracassadas, decidiu desistir e retornar para casa. "Mas como posso voltar depois de falar tanta merda!" Sentou-se no chão com os olhos cheio de lágrimas. — Acho melhor voltar para a delegacia e adiantar alguns trabalhos... — Murmurou para si mesma, suspirando profundamente.

— Será que você só sabe falar de trabalho, chapeleira? — "Essa voz!" Caitlyn saca sua arma, procurando pela dona da voz. A floresta está coberta de neblina e muitas árvores a cercam. — Eu estava em Zaun quando ouvi algo interessante~ — a voz ressoa pela floresta, aumentando a apreensão de Caitlyn.

— E o que seria essa coisa interessante? — A risada irritante a faz ferver de raiva. Jinx salta de uma árvore e se senta em cima de uma grande pedra. Seu olhar de desdém recai sobre Caitlyn, que a mira com sua arma.

— Para~ Estou te observando desde que começou. Sério... de 30, só acerta 1? Que patético! Eu nunca erro um tiro. — Jinx zomba dela por um tempo, falando sozinha por mais alguns segundos, até Caitlyn finalmente se cansar.

— Chega. Fique aí com seus... amigos imaginários. Não vou perder tempo batendo cabeça com você. Não somos crianças... — Ao virar-se para sair, Caitlyn apenas sentiu a brisa da bala passar, atingindo o alvo que estava tentando acertar.

— É rude sair assim. E, além disso... a única que está agindo como criança é você!

— Eu? — Ela se vira para a menor, que sorri largamente. — ... Poderia me explicar melhor? — Jinx ri loucamente ao saltar da pedra, recarregando sua arma e atirando novamente no alvo sem ao menos olhar para ele. Odeia ter que admitir, mas Jinx é uma excelente atiradora.

— Vejamos... você quase estragou uma missão, não que eu me importe com essa parte, mas tudo porque a Vi recebeu cantada de outra. Você explode com a Vi, que não tem culpa, e agora está aqui, fugindo dos problemas e fazendo a Vi se sentir um lixo! Hmph... e depois a louca sou eu.

Jinx observa a mais velha que está com um olhar triste e culpado. "Que criançona", pensou, revirando os olhos. Jinx volta deixando Caitlyn sozinha, só para pegar um balde cheio de balas (que roubou do estoque da delegacia), voltando e recebendo um olhar desconfiado dela.

— O que tem aí dentro? — Jinx dá de ombros, irritando Caitlyn. — Jinx, o que...

— Ah, como você é chata! São balas! Que tal uma competição, huh? Quero saber quem é a melhor atiradora. Obviamente, sou eu. Mas quero testar isso que você chama de habilidade. — Caitlyn se sente ofendida. Falar sobre ela é uma coisa, mas sobre suas habilidades de tiro é outra história para a xerife.

Entre fios vermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora