Assuntos pendentes/parte 2

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Violet estava trabalhando normalmente quando algo capturou sua atenção. — Ouvi dizer que ela namora uma mulher.

— Sério? A xerife é muito gostosa. Que desperdício de corpo bonito... Sinceramente, onde vamos parar com isso tudo.

— Shh! Fale baixo, cara. A delegacia está cheio de fofoqueiros. — "E vocês são iguais", a rosada pensou, respirou fundo e saiu dali. Mais um grupo de novatos para tirá-la do sério, mas com o surgimento de uma nova droga na cidade, foi necessário contratar mais pessoas. Isso tem sido muito útil para as apreensões, mas alguns dos novatos revelam um preconceito extremo. Nunca deu bola para isso, em Zaun não fazem distinção entre homens ou mulheres. Bem, não pode realmente querer comparar Zaun com Piltover.

Já devia ter imaginado que algo assim aconteceria em algum momento. No entanto, descobrir que falam mal de sua parceira pelas suas costas é algo que a deixa extremamente irritada. Embora a vontade seja de calar cada um deles, tem consciência de que isso não resolveria nada além de acalmar a raiva.

— Se trabalhassem tanto quanto fofocam... — pensou consigo mesma, soltando um suspiro profundo.

— Falando sozinha, Vi? — ela se assustou levemente e virou-se, surpresa ao reconhecer a voz.

— Chefinho! — exclamou Vi, abrindo um largo sorriso e abraçando-o — O que faz por aqui? Veio se entregar, é? — brincou, fazendo ele revirar os olhos enquanto caminhavam juntos.

— Vim falar com a xerife. Tenho informações que vão alegrá-la. — afirmou confiante enquanto subiam as escadas. Antes de chegarem à sala da xerife, Ekko estava distraído conversando com Vi e acabou esbarrando em um defensor.

— Porra! Olhe por onde anda! — O homem gritou, e Ekko se desculpou. Não começaria uma briga em uma delegacia repleta de defensores.

— Não foi culpa dele! — Violet exclamou com irritação, indo em sua direção. Ele estava preste a reagir, mas seu parceiro o segurou e sussurrou algo em seu ouvido. O homem a analisou de cima a baixo e bufou, exibindo um sorriso sarcástico.

— Deixa quieto, Vi... Não adianta. — Ekko disse, segurando seu braço ao perceber a vontade da rosada de avançar. Vi bufou frustrada, ciente de que o moreno estava certo, mas sua raiva não era apenas por isso. Ela reconheceu a voz do defensor, o mesmo idiota que estava falando sobre Caitlyn, ela soltou o braço das mãos de Ekko e seguiram em direção à sala da xerife.

— Finalmente! Eu estava quase morrendo aqui. — disse Ezreal ao passarem pela porta, levantando-se do sofá e tirando um espelho do bolso para conferir sua aparência.

— Está um gato, Ez~! — Ekko elogiou, e ele sorriu orgulhoso. — Cuidado para não quebrar o espelho. — acrescentou, e o sorriso do loiro desapareceu.

— Está bem, os últimos dias foram um desastre, então preciso de boas notícias. O que descobriram? — Indagou Caitlyn, colocando os óculos na mesa e encarando os três com seriedade.

— Eles têm um esconderijo em Zaun, e sempre se encontram antes dos ataques, mas ainda não conseguimos localizar o local exato. — Iniciou Ekko.

— Após pesquisar alguns arquivos antigos, consegui identificar quatro dos sete membros. Dois deles foram presos por assassinato, mas conseguiram fugir durante uma transferência de cela. — Comentou Ez, entregando alguns documentos para a mais velha. Caitlyn examinou os papéis minuciosamente, analisando cada linha, e suspirou.

Entre fios vermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora