Boa noite pessoal, hoje temos um capítulo mais calmo, para respirar depois do ataque do Oikawa. Menor do que eu costumo escrever, mas porque tive que apagar alguns parágrafos, pois pretendo mostrar esse outro lado da história mais para frente.
Dito isso, espero que gostem do capítulo de hoje.
Império de Raabta
Oikawa Tooru
Merda...
Tento me ajeitar melhor na cama, mas o meu ombro ferido tem deixado minhas noites em claro. Nunca pensei que levar uma flechada ia ser tão inconveniente assim, ainda mais que a mesma atravessou a carne e danificou alguns músculos, o que pode aumentar o tempo de cicatrização e ainda ficarei com sequelas que podem ser permanentes.
Olho para o lado e vejo a lua alta no céu. A temporada seca era implacável e o vento soava entre a areia, criando uma melodia que podia ser tida como uma canção entoada por espíritos.
Puxei o lençol sobre mim e me enrolei do modo mais porco possível, já que eu só podia mexer um braço, sai na varanda, observando a cidade de cima.
Havia poucos pontos de luz, a maioria se resumia a três ou quatro casebres perto do lago. Apesar do frio, era gostoso aproveitar aquele momento a sós comigo mesmo.
Como o sono havia ido embora e eu não queria ficar enrolando na cama, resolvi escrever logo as cartas para Monte Castelo. Puxei uma das cortinas para deixar a luz da lua entrar no quarto todo e me sentei numa das poltronas, usando uma mesa de apoio... bem, como apoio.
Escrevi uma breve e direta para Sir Henrico, pedindo que acompanhasse a senhorita Calíope até a hospedagem numa vila próxima ao Rio Aruna.
Para ela, fiz um pequeno bilhete dizendo ser um velho conhecido de uma tia, avisando sobre sua morte, mandando uma quantia em dinheiro para cobrir as despesas do seu regresso para casa, pois teria morrido sem deixar filhos e como única familiar viva, deveria cuidar do pequeno negócio de costura da velha mulher. Escrevi uma carta maior com instruções detalhadas para a sua volta e pedindo que ela encontrasse Henrico para discutirem sobre isso.
Deixei claro que ambos seriam cúmplices do meu plano e deveriam agir de modo comum até a sua partida.
Por último, comecei a escrever para Aiko. Acredito que foi a carta mais difícil que tive o prazer de escrever, pois constantemente as palavras me fugiam da cabeça e minha letra ficava manchada, pois esquecia o tinteiro sobre o papel, formando manchas de excesso de tinta.
Fui breve em relatar a minha rotina e como foi conhecer a família real e meu noivo. Relatei sobre as roupas, as comidas e os costumes que eu já tinha conhecido e a convidei para uma visita assim que fosse possível, pois queria manter uma aliança amigável com Monte Castelo. Desejei sorte como herdeira e finalizei com "Do príncipe consorte de Raabta, Tooru".
Não achei necessário escrever sobre o atentado, mas, querendo ou não, ela iria ficar sabendo disso algum dia. De qualquer modo, isso está relacionado a assuntos internos de Raabta.
Lacrei todos com cera e assinei, usando meu nome verdadeiro apenas na carta destinada a minha irmã e utilizei uma assinatura dos cavaleiros para Henrico. Enquanto deixava as mesmas separadas, notei que o sol despontava no horizonte. Provavelmente eu passei a madrugada em claro.
Espichei com cuidado as costas, afinal, meu ombro ainda estava machucado, embora o médico da família real tenha costurado minha pele e feito um curativo bem firme para evitar novas lesões por movimento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Two Heirs - IwaOi
FanfictionOikawa Tooru é o filho mais novo do Imperador Seiji e sua segunda esposa, Yasu. Desprezado pelo pai, não teve educação para reinar, mesmo que o título de herdeiro estivesse em seu nome. Jogado em uma guerra contra o Império vizinho, foi usado como m...