Um jogo que dois podem jogar

99 8 61
                                    

Boa noite, gente, tudo bem com vocês?

Espero que o Natal e o final de ano tenham sidos bons e desejo boas férias a quem está de recesso da escola.

Peço desculpas pela minha demora, já que estive sem tempo para atualizar a história devido às festividades, mas corri para poder escrever antes que eu ficasse envolvida nas festividades do meu aniversário ainda esse mês.

Enfim, espero que aproveitem esse capítulo que está bem grande para compensar a demora. Não vou dar spoilers, apenas leiam!!!! e me agradeçam depois!

Obrigada por estarem acompanhando e desculpa mais uma vez, por deixar vocês esperando S2






Império de Raabta

Iwaizumi Hajime

Minhas costas mal tocaram o colchão e percebi que seria uma noite insone. Às vezes, quando as preocupações são muitas, passo noites em claro, tentando pensar em soluções do que realmente dormir.

Eu ficava extremamente irritado no outro dia, mas era o preço que eu pagava por não dormir.

Me levantei da cama, vestindo o roupão por cima do pijama e acendendo uma das lamparinas. Havia luz no quarto ao lado também. Oikawa ainda estava acordado.

Uma ideia idiota me ocorreu, mas não era de todo ruim.

Me aproximei das portas que separavam nossos cômodos e por entre as treliças de madeira, pude vê-lo deitado em sua cama, lendo um livro.

— Posso vê-lo por trás da porta, meu noivo — ele levanta o olhar e só então percebo que estou parado próximo demais, de modo que posso ser visto através dos ornamentos vazados que a compõem.

Solto um riso sem graça, abrindo as mesmas.

— Perdão... estou sem sono e vi que estava com uma vela acesa...

— Então resolveu me espiar?

Ele me cortou.

— Bem... agora que você diz — coço a nuca, assim parecia realmente que eu era um pervertido espiando alguém em seu quarto.

Tooru ri alto, fechando o livro num baque entre os lados.

— Entre — ele pede.

Meu cérebro trava. Ele estava me convidando para entrar no seu quarto no meio da noite, quando não havia quase ninguém de olho em nós?

Não pude deixar de pensar naquilo como algo proibido.

Mas me contenho. Oikawa não tem segundas intenções no convite. Apenas estamos sem sono e ter uma companhia para conversar pode ser bom para que o sono venha.

— Com licença — digo, adentrando o cômodo.

Agora posso vê-lo com muito mais clareza, deitado em sua cama, rodeado pelos tecidos esvoaçantes que mal cobrem sua figura, servindo como dossel.

— Venha, deite ao meu lado — ele chamou.

Sua voz não transparecia nada além do desejo concreto que eu deitasse ao seu lado.

Me aproximo calmamente da cama, subindo e deitando, ficando do lado direito dele. Oikawa se encosta mais, me abraçando pelos ombros, onde leva a mão ao meu cabelo, fazendo um cafuné.

Suspiro, me aconchegando mais nele, que cheira a óleo de amêndoas.

— Me desculpa por aquele dia — digo, brincando com o laço da sua camisola.

Two Heirs - IwaOiOnde histórias criam vida. Descubra agora