"Capítulo 12"

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Oii, desculpem qualquer erro🥹
Beijos e até à próxima
🤍

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— Ou! — ela disse alto, levantando os braços quando ouviu o bater ensurdecedor da porta de madeira entrar por seus ouvidos. — Meu deus! Assim você vai quebrar, é isso que quer?

Tanto faz era a resposta. Uma porta quebrada ou não, que diferença faria?

— Será mais uma dor de cabeça para você, te garanto. Ainda mais uma dessa sua aí que parece custar um rim.

— Não estou nem aí para essa droga de porta. — bufou nervoso .

Não demorando mais de poucos segundos para se arrepender. Não devia descontar sua raiva, ainda mais em Amora que estava ali querendo ajudá-lo e tentando amenizar tudo de alguma forma.

Ele respirou fundo, balançando a cabeça e andou até ela, puxando-a de encontro à seu peito para um abraço.

— Me desculpe, eu não queria... — ela estava sendo tão legal desde sempre com ele e como retribuía? Sendo um completo idiota. — Merda, eu sou um estúpido.

— Sim, você é... as vezes. — ela concordou, esfregando de leve as costas tensas dele. — Mas eu te amo mesmo assim.

— Não queria ser grosso, é só que...

— Pera aí, cara. Olha aqui — ela agarrou o queixo dele, o forçando a encara-la. — Sou eu. Amora! Eu te conheço. É uma situação estressante, parece que nada tá fazendo sentido para ti agora e é óbvio que você não está nada bem, sua cabeça deve estar uma bagunça e eu entendo!

Seu coração se partiu vendo as orbes escuras dele recheadas de dor. Dor, tristeza, mágoa, um pouco de raiva, claro! E não poderia culpá-lo, afinal, estava passando por um inferno e ela estava assistindo a tudo de camarote como há quatro anos atrás.

— Tinha que ter insistido... — ela disse. — deveria ter entrado naquela casa com você.

Não. Ela definitivamente não deveria.

— Não. Você fez bem em ficar no carro. — ele se afastou, indo até o bar.

Seus dedos agarraram a garrafa de bourbon com voracidade não vendo a hora de senti-lo descer por sua garganta.

— Blanton's? Em uma quarta-feira?

Ela indagou surpresa.

Se tinha algo que ele nunca fazia era se embebedar no meio da semana — julgando pela quantidade que ele estava colocando no copo — era isso o que aconteceria.

A noite seria longa e sobraria para ela.

— Dias difíceis...

Amora soltou o ar pelo nariz e apenas concordou.

Era muito mais que dias difíceis, Alexandre estava sendo modesto.

— Sei bem, irmão.

— Servida?

Ele se virou e notou a loira esticar o pescoço, olhando atentamente para a bandeja de destilados sobre o aparador.

Amora semicerrou os olhos e deu um sorriso sacana para ele.

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