"Capítulo 10"

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Tive um pequeno bloqueio para escrever esse mas finalmente saiu, não acho que está do jeitinho exato que eu queria mas se eu ficasse nessa não terminaria nunca.😥

De qualquer forma, espero que vocês curtam.🫶🏾

até à próxima🤍

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A voz sonolenta as assustou, fazendo com que ambas se virassem para o leito. Pedro tinha o lençol branco sobre o corpo, deixando apenas os olhos para fora, observando tudo.

Ela se desvencilhou de sua mãe, indo rapidamente até ele para pega-lo em seus braços. – Amor... – seus olhos procuraram os de Martha, que no mesmo instante correu para fora do quarto dizendo que iria atrás da médica. – Meu menino, como se sente? Precisa de alguma coisa?

– Estou com sono. – ele disse com a voz rouca, tirando uma das mãos de dentro do cobertor para coçar os olhos. – Eu vi vocês brigando, por que estavam brigando? Não gosto de brigas...

– Meu bichinho... estávamos conversando, só falamos um pouco alto e me desculpe por isso.

Ela segurou a cabeça do garotinho e a beijou.

– Não se preocupe, está bem? – soprou sentindo seu corpo relaxar. – Deus, que bom ver você acordado!

– Onde nós estamos? – o menino perguntou, olhando canto por canto do quarto. – Cadê meu pai?

– Em um hospital... você passou mal e tiveram que trazer você para cá. Não se lembra?

– Hum, hum. – negou. – Lembro de estar com o papai... e a namorada dele. Estávamos almoçando com ela e depois eu comi bolo de chocolate...

– Tudo bem... a médica virá examinar você e depois conversamos mais sobre o que aconteceu, tudo bem? – ela perguntou, beijando-o mais uma vez e ele apenas assentiu.

– Mamãe?

– Oi, meu anjo. – ela sorriu. Uma das coisas que mais gostava de ouvir naquele mundo era um "mamãe" saindo da boca dele. Era como se seu coração fosse preenchido por  doses e mais doses de amor, era instantâneo o sorriso que aparecia em seus lábios todas as vezes, ainda mais depois de toda a turbulência que havia passado nos últimos tempos.

– Onde ele está? – questionou, se aconchegando ainda mais a mãe que à essa altura, estava sentada na beirada da estreita cama. – O papai.

– Eu não sei, querido... sua avó deve ter ido chamá-lo também. – ela suspirou.

Se realmente conseguisse a guarda definitiva como tanto queria, não fazia ideia de como amenizar a dor de Pedro. Ele era e muito apegado ao pai e para ela aquilo era como uma tortura. Moravam em estados diferentes então ela passava a maior parte do ano com ele, apenas o dividindo com Alexandre em época de férias escolares. E mesmo o vendo duas vezes ao ano o menino não desapegava, muito pelo contrário. A cada visita parecia que seu filho voltava mais grudado que nunca à ele, perguntando cada vez mais sobre o mesmo, dizendo o quanto sentia falta dele e que gostaria muito se o visse mais vezes. Sabia que se odiaria pelo resto da vida quando finalmente chegasse a hora de conversar com seu pequeno sobre algumas mudanças que aconteceriam em sua vida, mas para ela, aquilo era necessário. Não havia outro jeito.

Como a própria tinha dito, Martha entrou novamente no quarto acompanhada de um Alexandre completamente eufórico, trazendo Amora com ele.

– Papai! – o garotinho abriu um sorriso largo e esticou os braços para o homem que correu até ele, o abraçando com força querendo nunca mais soltar.

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