Hakon travou seu maxilar com frustração e parou na frente de Amis, ele queria nesse exato momento pegar a frente da gola da camisa desse cara irritante e encher seu lindo e exuberante rosto de socos.
"Se você fizer alguma coisa para atrapalhar ou se...
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Ele limpou....
Assim que entrou na sala, a primeira coisa que Amis notou foi a diferença do ambiente limpo em comparação com a última vez que esteve ali. O homem até mesmo teve a impressão de que conseguia respirar muito melhor agora do que em qualquer outro momento.
Além disso, não sinto mais tão intensamente os feromônios dele.
Uma preocupação real de Amis era como ele iria fazer para ficar dentro do mesmo cômodo com Hakon, sabendo que o aroma do alfa estava incrustado em cada pedacinho do lugar. Mas por sorte o ômega não teria que sofrer com aquilo.
Assim como Hakon pediu, Amis veio ao seu escritório para que eles pudessem conversar sobre a praga que afligia o Norte. Por conta da sua boa memória, o homem não precisou pedir ajuda para se localizar no pátio, o que o deixou com um bom ânimo ao constatar sua superioridade. Logo, o velho sorriso de deboche já se instalava na cara do ômega, que resolveu mostrar sua personalidade irritante.
"Vejo que pelo menos você cumpre com os combinados, Segundo Príncipe".
"Unh? O que você quer dizer com isso?".
Sentado em uma das únicas cadeiras disponíveis do lugar e com um imenso mapa aberto, Hakon esperava pela chegada de Amis.
"A limpeza do seu escritório, sinto que até mesmo esse lugar deu uma renovada. Não parece mais que tudo vai cair despedaçado pelo desgaste a qualquer segundo".
"Você...!".
Hakon sentia-se um pouco sem jeito ao ouvir aquelas palavras. Afinal, não importasse as condições precárias que sua sala se encontrava, ninguém era doido o suficiente para jogar isso em sua cara. Além disso, o alfa havia ficado um pouco envergonhado quando ouviu seu escritório ser chamado de chiqueiro na última visita de Amis. Isso era o que Hakon dizia para se autoconvencer, mas na verdade ele não queria mesmo era ver novamente aquela postura fragilizada do Amis, a quem ele mais odiava, por conta da poeira.
Ainda mais depois de ter passado noites em claro pensando na cara chorosa de Amis. E para piorar, o tom do seu sonho não era de alguém que ficou preocupado com uma outra pessoa que passava mal e sim excitado com as lágrimas que escorriam de sua face.
"Unh! Pare de desperdiçar o meu tempo com brincadeirinhas inúteis e sente-se logo na cadeira, ainda temos muitas coisas para discutir".
Amis seguiu o pedido do homem, mas sem apagar o sorriso debochado de sua face.
"Mapeei algumas das áreas onde houve relatos de avistamento dos gafanhotos, e antes de você chegar estava às analisando".
Amis olhou o mapa que cobria a grande mesa e tentou montar alguma linha lógica que mostrasse o tipo de caminho que a praga estava seguindo. Se existia ou não algum padrão, e assim descobrir antecipadamente qual seria a próxima área a ser atingida, de modo que fosse possível tentar uma abordagem mais segura.
