Hakon travou seu maxilar com frustração e parou na frente de Amis, ele queria nesse exato momento pegar a frente da gola da camisa desse cara irritante e encher seu lindo e exuberante rosto de socos.
"Se você fizer alguma coisa para atrapalhar ou se...
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Enquanto Amis corria para casa como um fugitivo, Gwendolyn e os outros soldados se aproximavam cuidadosamente do alfa caído. Demorou alguns minutos, depois da presença do ômega ter sumido, para que pudessem realmente socorrer Hakon, pois tiveram que esperar que os ventos varressem os residuais feromônios agressivos para longe.
Assim que o corpo do alfa foi levado ao segundo anexo e colocado na cama, os médicos do casal Imperial foram chamados e atenderam o homem diretamente no leito.
"Como está, doutor? Algum problema?".
"Não, é o contrário. Seu caso está muito estável, mais do que já esteve em anos e isso me faz pensar que ele deve ter se ligado a um ômega muito compatível...".
"Ele marcou alguém?".
"Sim, quero dizer, sua condição me indica que sim. Mas infelizmente não temos como saber se foi uma marca temporária ou permanente. Devemos esperar o Segundo Príncipe acordar, para que ele possa nos confirmar a realidade".
"Mas como? Ele provavelmente não se lembrará de nada do que aconteceu!".
"Vossa Alteza subestima demais o poder da marcação. Não importa se a mesma é permanente ou temporária, a conexão de dois corpos com esse tipo de características transcende até mesmo a nossa capacidade de entendimento. Por isso, não precisa ficar com medo, quando o Príncipe Hakon acordar, ele saberá sem dúvida responder a nossa pergunta".
Pela primeira vez naquele dia, Gwendolyn tremeu de pavor e uma grande angústia o acometeu. Havia uma cruel dúvida que ainda lhe corria por dentro, mas o medo de saber a resposta era maior do que qualquer curiosidade. Ele não podia aceitar que o amor da sua vida, a pessoa que mais lhe importava, estava tendo uma relação direta com aquele que seria seu inimigo e família.
"Pode perguntar, Vossa Alteza".
O outro médico, que até aquele momento permanecia calado, notou a angústia brilhando nos olhos do alfa e falou com uma voz determinada.
"Não importa a pergunta, iremos tentar da melhor forma a responder".
Não sei se quero saber a resposta.
Apesar de relutar em saber a verdade, Gwendolyn lutou contra seus anseios e finalmente questionou o médico.
"Vocês acham que..., que... ele lembrará da pessoa que marcou?".
"Unh... Essa é uma boa pergunta. Como a marcação é uma área não muito estudada e compreendida por nós, só podemos afirmar que depende muito do nível de proximidade que os dois já tiveram antes. Se eles conviveram por muito tempo juntos e até mesmo tiveram algum envolvimento físico, é muito provável que sim".
Somente depois de ouvir aquela resposta foi que Gwendolyn respirou mais calmo, não havia como Amis e Hakon serem próximos, não importasse o modo. Eles nunca passavam mais do que uma hora na mesma sala e se trocaram um aperto de mãos na vida já era muito, a possibilidade era praticamente nula de Hakon se lembrar sobre quem marcou.
