16 - Sequestro

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Diferentemente da primeira vez, Amis em nenhum momento se atreveu a abrir a cortina para espiar Hakon do lado de fora

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Diferentemente da primeira vez, Amis em nenhum momento se atreveu a abrir a cortina para espiar Hakon do lado de fora. Não, ele estava muito irritado com o homem e queria que o mesmo percebesse aquilo e ficasse incomodado também, afinal a sua incapacidade de falar agora, causada pela tosse excessiva, havia sido culpa daquele desgraçado.

Droga! Eu sei que isso é muito infantil de minha parte, mas aquele idiota fez tudo isso de propósito. Que homem mesquinho, tacanho, fresco, idiota, pré-histórico! Nossa! Como eu o odeio!

No caminho todo, até a segunda parada para montar o acampamento, Amis não parou por um segundo de amaldiçoar o Hakon, tanto que se ele tivesse de fato essa capacidade o alfa já estaria caído no chão ofegante, passando mal com as pragas rogadas.


...


"Aqui, Vossa Excelência. Esquentamos o remédio com um pouco de raspas e suco de limão, como tinha sido pedido, esperamos que possa diminuir nem que seja um pouco o amargor".

O remédio desceu grosso e pesado por sua garganta, porém, apesar da sensação nojenta, o homem se forçou a engolir até a última gota. Além disso, o forte amargor passou em seu sistema respiratório e parecia estar impregnado em sua papila gustativa, o fazendo engasgar e soltar algumas lágrimas.

Porra, isso é a pior coisa que já tomei em minha vida!

Se ele não tivesse que manter a sua postura de alfa, firme e inquebrável, Amis estaria agora louco procurando por qualquer coisa doce que viesse pela frente. Afinal os remédios daquela época eram basicamente uma massa escura, estranha e horrível de várias ervas misturadas, estas que possuíam boas propriedades, mas não eram agradáveis ao paladar.

Amis sentia uma vontade gigantesca, toda vez que ficava doente, em revolucionar a indústria farmacêutica e criar comprimidos caseiros em casa. Mas ele sempre se controlava pois não queria receber aquele tipo de fama inútil, e depois complicar a sua vida quando for sair de mansinho no meio da confusão.

"Aceitas um morango, Ministro Amis?".

Nesse exato momento o ômega se sentava em um grande tronco de madeira, um pouco mais distante do centro, pois não queria esbarrar acidentalmente com Hakon e ter que ser submetido a mais algum momento desagradável.

"Sim, obrigado".

Um dos soldados responsáveis por fazer a escolta de sua carruagem, o qual Amis havia se tornado mais próximo nos últimos dias, se aproximou de onde localizava-se o ômega e ofereceu uma pequena fruta. Como o gosto amargo ainda persistia em sua língua, o homem aceitou aquele gesto simpático e comeu a doce fruta, alegrando o seu espírito.

"Como Vossa Excelência está?".

"Unh? Bem, eu acho. Não estou espirrando compulsoriamente mais e sinto a minha garganta um pouco menos dolorida, aquele remédio realmente faz milagres".

O segredo do Ministro (Sujeito a revisões periódicas)Onde histórias criam vida. Descubra agora