Hakon travou seu maxilar com frustração e parou na frente de Amis, ele queria nesse exato momento pegar a frente da gola da camisa desse cara irritante e encher seu lindo e exuberante rosto de socos.
"Se você fizer alguma coisa para atrapalhar ou se...
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Lygos corria por entre as aberturas dos buracos, olhando superficialmente todos em busca de algo, até que encontrou um pequeno amontoado de tecido escondido em um canto dos últimos. Aquilo não era a forma de um animal, muito longe disso, e o alfa notou rapidamente pelas roupas suntuosas que se tratava de um jovem nobre.
Unh? O quê?!
E o que contribuiu também para auxiliar nessa compreensão, foram os doces feromônios ômegas que vazavam do buraco e circulavam o ar ao seu redor, que possuíam um cheiro floral que agora mais parecia a flores queimadas, visto o medo e pânico que este parecia sentir. Entretanto, existia apenas um único fato que era muito estranho e confundia a mente de Lygos.
Os ômegas do seu lugar normalmente não utilizam vestidos ou saias? Então, por que ele está com esse tipo de roupa?
Com aquela pergunta em mente e desconfiado da pessoa que estava dentro da armadilha, Lygos começou a rodear a entrada, em uma tentativa de conseguir observar algum detalhe estranho a mais do outro, algo que lhe dissesse que deveria sair dali. Contudo, por mais que procurasse por falhas no ômega encolhido, ou por uma armadilha, o menino não conseguiu encontrar nada. E se dando por rendido, visto que o outro parecia estar desmaiado, já que não se movia, Lygos pulou dentro da abertura e foi em direção ao corpo.
A primeira coisa que ele fez, ao estar perto do ômega, foi tentar cutucar levemente o braço do jovem, para que este acordasse e assim pudesse fazer algumas perguntas. Porém a outra parte não acordou, talvez pela fraqueza ou por algo maior, aquela pessoa realmente tinha desmaiado. Logo, o alfa tomou mais liberdade e começou a mexer de modo mais proativo nos bolsos da parte de cima das roupas do ômega, em busca de qualquer coisa que pudesse se configurar como uma arma perigosa ou que informasse quem era aquela pessoa, mas nada foi achado.
Ele deve ter caído na armadilha... talvez tenha se machucado com a queda? Ou quem sabe estar aqui a muito tempo e desistiu de tentar se salvar? Afinal, os ômegas são bem fracos... Mas por que ele está aqui? Tão longe de todos os outros nobres? Não faz sentido!
Pensando que algo muito ruim havia acontecido com o ômega e se compadecendo com isso, Lygos deixou de lado todas as suas reservas e resolveu no final ajudar a outra parte. E para isso, ele primeiro decidiu tirar o jovem de dentro da armadilha, para depois começar a analisar os seus ferimentos.
Todavia, para realizar isso, Lygos deveria exercer um pequeno toque no ômega, e ao pensar em fazer isso, uma sensação de vergonha e ilegalidade cobriu sua mente por completo. Tocar deliberadamente em um ômega, sem a permissão deste, não era somente um tabu na corte Imperial, mas como também em sua aldeia. Afinal, eles eram extremamente delicados e a fonte de toda a vida.
Além dessas crenças postas em sua mente por muitos anos, existia também mais um probleminha e este parecia ser pior do que o outro, ao ponto de congelar a mente do alfa e fazer as suas bochechas corarem profundamente. E isso era a aula de educação sexual que ele havia recebido a algum tempo, onde lhe foi explicado qual era a dinâmica entre alfas e ômegas. Desde a utilização dos feromônios, a marcação temporária e permanente, e até mesmo o sexo em si. Por isso que, para Lygos, era muito impossível tocar no corpo do menino sem deixar com que imagens fantasiosas lhe viessem à mente.
