Havia se passado cerca de seis dias desde que Hakon tinha conversado com o Duque e partido logo em seguida, de modo abrupto, para o acampamento de Gwendolyn. E tudo isso foi feito sem ao menos se despedir de Amis, já que Mayrlon estava o pressionando a respeito de um distanciamento forçado de seu filho. Entretanto, nenhuma das partes envolvidas tiveram tempo para dramatizar em cima deste ocorrido, visto que nesse meio tempo o reino de Crimócia havia feito o seu primeiro movimento e o tratado de guerra foi finalmente finalizado.
Logo, a presença de Amis na linha de frente era imprescindível, assim como o previsto. Contudo, diferentemente da história original, em que somente o Duque sabia da participação direta do ômega no conflito e havia dado o braço a torcer para o irredutível e frio Ministro, todos os membros de sua família descobriram sobre o assunto e começaram a discutir contra aquela ideia suicida. Afinal, onde já se viu um ômega, se misturar com inúmeros alfas em uma guerra, ainda mais correndo o risco de entrar em seu período suscetível devido às bombas de indutores? Nunca que Félix iria deixar.
As bombas de indutores fabricadas pela Crimócia também era um segredo guardado a sete chaves pela Família Imperial, entretanto, essa regra não parecia vigorar tanto assim para a Imperatriz. Já que na primeira oportunidade que ela teve de abrir a boca e contar para terceiros o segredo, a mesma o fez sem hesitar. Dizendo que estava muito preocupada com a saúde de seu único filho, ela havia enviado uma carta a Elizabeth, contando toda a verdade da situação e pedindo por ajuda. No final, quem diria que a mulher astuta iria ferrar também com a vida de Amis? Não que ele quisesse ir para a guerra ou algo parecido, porém aquela era uma ordem Imperial e não poderia ser desfeita sem razões consistentes.
Foi por isso que no final Félix acabou perseguindo o seu irmão mais novo ao campo de batalha, agindo como um verdadeiro cão de guarda e seguindo o ômega a cada passo dado. A ordem dos seus pais era que o alfa não deveria deixar Amis sozinho, sequer um segundo, o mantendo distante de qualquer outro alfa potencialmente perigoso e o ajudando no que fosse necessário.
Já em relação a Hakon, a família do Ministro não precisou se preocupar, visto que os dois homens foram mandados para divisões diferentes. Próximos o bastante para se comunicarem ocasionalmente, mas não o suficiente para que eles trocassem mais do que algumas frases ou fizessem algo íntimo. O que deixou Hakon extremamente estressado e frustrado, ele sabia que aquele era um período sensível em que não deveria se importar com coisas como relacionamento e amor, contudo lhe era impossível controlar a sua mente e o seu corpo que ainda persistiam em sonhar com o ômega.
E esse cenário só iria mudar apenas depois de alguns longos dias de tensão e por um motivo nada favorável ao casal. Assim como havia sido descrito no livro, os soldados da Crimócia tinham feito uma abordagem utilizando os indutores de alfas, mas ao contrário do que Amis imaginava, as drogas não foram usadas como bombas e tacadas nos acampamentos do Império. Segundo contado na carta de emergência, os próprios soldados inimigos optaram por utilizarem a droga, e as injetaram diretamente nas veias do pescoço, os tornando temporariamente como verdadeiros monstros de batalhas, que agem apenas pelo instinto mais primitivo de seu interior.
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O segredo do Ministro (Sujeito a revisões periódicas)
عشوائيHakon travou seu maxilar com frustração e parou na frente de Amis, ele queria nesse exato momento pegar a frente da gola da camisa desse cara irritante e encher seu lindo e exuberante rosto de socos. "Se você fizer alguma coisa para atrapalhar ou se...