Capítulo 5 - QUANDO O MUNDO SOME A NOSSA VOLTA.

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Depois de escolhidos nossos looks para noite. Eu e Carol descemos para jantar. Ela, em um vestidinho de alcinha floral na altura do joelho e uma rasteirinha. Eu, em uma saia cigana de estampa floral e uma blusa trapézio justa, também de rasteirinha. Na mesa, encontramos dona Elizabeth, sr. Antônio e Murilo. Este, vestido em uma camisa de linho, manga três quartos, verde e uma bermuda branca, que ficou muito bem nele, realçou a pele bronzeada e os olhos claros. Após o jantar, avisamos aos avós sobre nosso passeio e seguimos para o hotel onde encontraríamos nossos novos amigos.

No hotel, encontramos os meninos na porta, num estilo meio festa havaiana com camisas florais e bermudas, exceto por Roberto, que estava com uma camisa em linho branca e uma bermuda bege. Reparei que ele era bem charmoso e tinha mesmo um estilo "Clark", com aqueles óculos e cara de bom moço. Já as meninas estavam mais produzidas, Laura usava um vestido soltinho, longo e azul; Paula um macaquinho preto e Renata um vestido soltinho, frente única, vermelho. Não pude deixar de notar que a loira estava realmente "Femme Fatale", e a forma como olhava para Murilo era desconcertante. Cumprimentamo-nos e vi Renata falar algo no ouvido de Murilo, que sorriu. Eu rapidamente desviei o olhar, não seria pega em flagrante novamente, observando Murilo. Juntos seguimos para a praça.

A praça do Boêmio de fato era um ambiente festivo. Restaurantes, bares no estilo pub, com música ao vivo, e clubes de festa que seriam o equivalente a boates com música eletrônica/DJ, vez enquando havia até música ao vivo com bandas pequenas. Era um espaço onde jovens e adultos da cidade, também turistas se reuniam para aproveitar a noite, nos fins de semana.

Entramos em um bar, onde uma dupla sertaneja, voz e violão, cantava músicas antigas. O bar do Caju, que levava esse nome porque no pátio interno havia um grande cajueiro, que se encontrava ornado com lâmpadas e sob seus galhos várias mesas dispostas. Foi lá que ficamos, de frente para o pequeno palco, com um espaço livre entre as mesas e o palco, que provavelmente era usado para dançar. No balcão do bar havia banquetas para quem quisesse sentar-se junto a ele. Foram necessárias duas mesas para acomodar nós onze, e chamamos um garçom com um aceno de mão.

- Boa noite pessoal. Gostariam de ver o cardápio? - o garçom estendeu três exemplares para nós.

-Boa noite! Qual a cerveja mais gelada que vocês têm? - Kim perguntou, sem nem ver o cardápio.

- Bom... as cervejas Brêja, Colarinho e Dourada estão super geladas.

- E aí galera o que vai ser? - Kim perguntou.

- Brêeeja! - Arthur, Dan, Laura e Heitor responderam uníssono.

- E vocês não vão querer? - Kim perguntou olhando para os que ficaram calados.

- Eu vou querer uma caipirinha. E você Liz? - Carol falou.

- Caipirinha também. - Respondi a ela.

- Então serão quatro caipirinhas porque eu e Paula também queremos. - Disse Renata.

- Vou de Brêja com vocês. - Murilo respondeu.

- Brêja - Disse Roberto.

O garçom anotou os pedidos e algum tempo depois voltou com os drinks, duas garrafas de cerveja, sete copos e a comanda de controle dos pedidos.

-Posso ajudar em mais alguma coisa?

- Que tal uns petiscos, pessoal? - Murilo perguntou o grupo.

- Eu amo batata frita com queijo. - Dizia Renata olhando provocante para Murilo.

- Eu prefiro calabresa apimentada - Disse Heitor.

- Eu e Liz gostamos de pasteizinhos com geleia de pimenta- Carol se pronunciou.

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