capítulo 10.

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(Capítulo não revisado!)

Este capítulo é longo e muito intenso, eu acho. Espero consigam sentir o que senti ao escrevê-lo. Esse é o nosso décimo capítulo e estou feliz por postar, já que pensei que retiraria a fanfic daqui no segundo capítulo. E eu tentei, né? Mas não deixaram! 😅

Obrigada por todas estrelinhas e comentários até agora. Fico muito feliz em ver as mesmas carinhas por aqui, sinal de que estão acompanhando o que tento escrever. Não esqueçam de comentar e votar, isso ajuda muito no engajamento aqui na plataforma.

Deixando de lado o papo furado, boa leitura! ♡



"O espelho em uma moldura clássica captura e reflete o sorriso de Andrea, que fecha os olhos ao sentir o doce aroma de camomila que invade o quarto. A parede repleta de boas memórias, e com marcas de mãos infantis, traz conforto e nostalgia. Uma parede repleta de flores desajeitadas e que, com o tempo, se encaixa em traços mais consistentes ao longo dos anos. A cama macia, como uma nuvem de algodão, é forrada com um cobertor caseiro que abraça o corpo e a alma. 

No espelho, uma barriga comportada, mas repleta, recheada de sentimentos na alma e no coração. Andrea sorri ao sentir as próprias mãos sobre o ventre repleto de estrelas, um céu singular que parece ser o lugar mais quente e afetuoso do mundo.

Uma caixinha toca ao fundo, e uma linda bailarina gira, despertando sentimentos infantis aos olhos e ao coração da doce artista que se recorda da própria mãe.

— Ela iria adorar tudo isso... — Andrea sussurra enquanto traça caminhos de amor na barriga.

O anel delicado, com uma pedra discreta e valiosíssima, brilha com a luz que invade o quarto e torna a cena mais íntima, como se fosse a terceira pessoa que faltava naquele instante especial e mágico. E um riso nada mediano, escapole, pula ao relembrar um batimento tão infantil. Uma única lágrima se multiplica de tanta alegria e felicidade. Os olhos castanhos brilham e gritam diante de tanto êxtase e descoberta, a melhor delas. Quase se torna em um azul celestial de tantas saudades. Estar longe de Miranda há tanto tempo era torturante, penoso para ambas, mas a sua presença se fazia necessária pelo bem da saúde do único homem que amou em toda sua vida. O seu avô. E ela agradecia aos céus por ter uma esposa tão compreensiva e amiga, que a incentivou a estar longe durante esses meses difíceis para o homem de sua vida.

— Andy? — Charlotte diz ao pé da escada.

— Sim, vovó? — A doce voz de Andrea se faz presente.

— Venha comer alguma coisa, pequenina. Precisamos ir ao médico com seu avô, este homem está impossível. Acredita que encontrei charutos no carro dele? Era só o que me faltava!

— Já vou, vovó! — Uma gargalhada pulou da boca da jovem, que prestava atenção em cada palavra de sua amada avó.

Andrea alisou a barriga mais uma vez, sua feição era ansiosa, alegre, os dentes maltratavam os lábios com tantas expectativas. Os olhos tornaram a olhar o quarto que fora um grande refúgio em uma adolescência solitária e preenchida com luto. Aquelas bonecas, carrinhos, pincéis, ursinhos, tudo. Eles teriam um novo amor.

Ao lado esquerdo da cama, um porta-retrato carregando a foto em que estava com sua mãe e seus avós. Os três seguravam seu corpo com amor e zelo. Como sempre foi. Foi impossível não se sentir aquecida ao olhar o próprio sorriso, que continha grandes janelas e os olhos se fechavam diante de tamanha felicidade. Nas pequenas mãos carregava o urso que seu avô conseguiu ganhar em um daqueles jogos de tiro ao alvo. Do outro lado, uma foto em que estava no colo de Miranda, na varanda de seus avós, sua noiva conversava com seu avô e os dois estavam distraídos. Andrea olhou no exato momento e tinha um olhar doce e um sorriso contido. Sua avó registrou o quadro perfeito que se tornou uma de suas memórias favoritas.

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