Ao passar pelas portas, Wei Wuxian teve de acostumar os olhos ao breu que era lá dentro. Não havia muitas velas acesas. Wei Wuxian não precisou andar muito para encontrar quem ele procurava, Wen Rouhan estava no mesmo lugar, parado em frente ao trono de costas para o garoto. Mas ele sabia de sua presença.
— Wei...Wuxian.
Wen Rouhan se virou lentamente. Olhando agora, sua figura não parece tão intimidadora quanto naquela noite, porém as circunstâncias são diferentes. Talvez até opostas.
— Wen Rouhan, digo...Imperador.
O homem sorriu cínico. Wei Wuxian ainda segurava Suibian, apertava o punho sem ao menos perceber, mas Wen Rouhan percebeu.
— Por que está fazendo isso garoto?
— Para começar, você matou meus pais.
Wen Rouhan queria dizer que quem começou tudo aquilo foi o bisavô do rapaz no dia que matou seu tio, mas não adiantaria discutir porque isso não é assunto dele mesmo. Rouhan desceu os poucos degraus que levam ao seu trono, e se aproximou do garoto. Wei Wuxian consseguia sentir o hálito quente e podre do homem em seu rosto.
— Sabe que não tem chance...
Wei Wuxian não respondeu.
— Guarde sua espada. Nunca leu em nenhum de seus livros que antes de matarmos nosso inimigo, devemos ter uma boa conversa?
Wei Wuxian ainda permaneceu calado, apertando mais ainda os punhos.
— Tudo bem. Fique com ela se te faz ter mais confiança.
No momento em que Wen Rouhan terminou de falar ele se virou novamente de costas para o garoto, que aceitando a provocação, guardou sua espada na bainha, porém permaneceu segurando-a.
— O que quer que eu diga?
— O que quer perguntar?
— Por que os matou?
— É uma história muito longa, e creio que não temos tempo o suficiente para ela.
— Eu descobri sobre a guerra entre nossas famílias e sobre o que aconteceu entre minha avó e seu tio. Mas ainda não entendo, por quê?
Wen Rouhan respira fundo e responde, ainda sem olhar para o mais novo.
— Você pode saber utilizar a espada, até mesmo a coroa, mas ainda é muito jovem para entender certas coisas. Como, não ter escolha.
Wei Wuxian o olha incrédulo.
— Não ter escolha? Espera, está tentando me dizer que não teve escolha? Não teve escolha a não ser terminar esta maldita 'guerra'?
Wen Rouhan permaneceu em silêncio ainda encarando o nada. E Wei Wuxian apenas riu sem humor, mais incrédulo ainda.
— Se você acha que não teve escolha, eu acredito que devo lhe agradecer, não é? Não estou comparando perdas, até porque perdemos as mesmas pessoas. Nossa família.
— Entenda garoto, eu não sabia o que fazer. Tudo o que eu sabia naquela época era o que me foi induzido pelo meu pai. E o que me foi induzido fora a ideia de que vocês, sua família, eram os nossos inimigos.
— Meu pai foi induzido da mesma maneira, e ele nunca quis realmente continuar com essa tolice.
— Aí Está!
Wen Rouhan se virou depressa apontando para o garoto de roupas pretas a sua frente.
— Seu pai não queria continuar porque, na época eu o julguei como um covarde, mas depois de tempos percebi que nós sempre fomos diferentes. Desde muito antes disso tudo, da história de meu tio, bem no começo de nossas origens. A vingança corre nas veias dos Wens, enquanto a Justiça corre nas veias dos Weis.
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Ômega Imperial - Wangxian (Concluída)
FanfictionWei ying é filho único (e ômega) do Imperador Wei Changze de Yunmeng e sua Imperatriz, Cangse Sanren. No aniversário de 15 anos, a amiga de sua mãe, Madame Lan, Imperatriz de Gusu, lhe faz um convite. Porém ele não imagina que terá que aceitar o por...