Capítulo 5-1: Eu sei o que é uma carnificina.

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Não é como se Ji-Yeon não tivesse percebido de primeira mão que o caminho que Jinwoon estava percorrendo era hostil, ela não pôde evitar notar, a cidade, cujos cantos ela conhece bem, parece desaparecer diante de seus olhos a cada milímetro, os al...

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Não é como se Ji-Yeon não tivesse percebido de primeira mão que o caminho que Jinwoon estava percorrendo era hostil, ela não pôde evitar notar, a cidade, cujos cantos ela conhece bem, parece desaparecer diante de seus olhos a cada milímetro, os altos edifícios começaram a adquirir uma estranheza quase alienígena. 

Obviamente está entrando em um bairro que nem em um milhão de anos pisaria por qualquer motivo.

Ela apertou a cintura de Jinwoon quando o medo e um leve desespero passou a somar em seu estômago, afinal depois daquela expressão presente em seu rosto quando ele veio buscá-la, não poderia duvidar que ele se meteria em encrenca e pior do que isso, a arrastaria com ele.

Ela não quis protestar, muito menos discutir, afinal ele prometeu que faria o que ela quisesse quando resolvesse suas pendências, entretanto sentia que não podia confiar no garoto que estava mantendo aquela expressão espantosa no rosto e que tinha uma fama tão ruim a respeito de vingança, ela se lembra quando ele se vingou dos garotos que o denunciaram para a polícia após serem cruelmente assediados, uma memória que Ji-Yeon prefere apagar.

A moto finalmente estacionou, especificamente em uma rua suja, onde detritos variados de lixo e restos pontilham o chão: bitucas de cigarro, camisinhas usadas e até seringas que Ji-Yeon não se atreve a imaginar o propósito. 

O cheiro azedo que vem de toda essa mistura irrita seu —  já tão sensível — nariz, causando uma coceira incômoda. Ela tenta ignorar para não chamar muito mais atenção, entretanto não funciona. 

Esse é o tipo de cheiro que somente um lugar como esse poderia ter, algo que alguém como ela, rica e apaixonada por limpeza nunca estará acostumada.

— Onde estamos? — Ela questionou assim que desceu da moto e deixou o capacete com o garoto, assim apertando o seu nariz em uma tentativa falha de disfarçar o odor transbordante. — Parece que um furacão passou por aqui.

Antecipadamente ela nota que tem homens desconhecidos por toda parte, pessoas que ela atravessaria o outro lado da rua se os visse vindo em sua direção sem nem ter a necessidade de pensar duas vezes, eles trocam piadas e risadas, provavelmente imaginando como alguém do seu calibre faz em um lugar como este, completamente ao contrário do seu perfil.

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