Do Hyung-Ju, Kim Ye-Joon e Marcelo Souza são três garotos que, à primeira vista, parecem não ter nada em comum além de problemas. Hyung-Ju é um adolescente rico, mas vive isolado por causa da sua aparência, além de um jeito recluso e "irritante", e...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Escutar o seu pai gesticular ou gritar é comparável a uma melodia, entretanto uma melodia ruim que não consegue escapar de sua memória nem que ele tente a ocultar de inúmeras maneiras, como se fosse um chiclete, qual o despreza rispidamente, entretanto nunca desgrudará com facilidade, criando raízes dentro de sua mente e resistindo a ser desalojado.
Similar a um cão que apanha todos os dias pressentindo seu dono chegar, Hyung-Ju vira-se em direção a ele, com os seus olhos assustados. Em meio ao seu distraimento esbarra e joga o álbum de fotografias no chão, causando um estrondo evasivo, e o deixando aberto em uma página aleatória.
Seu pai se aproxima, com os seus pés batendo contra a madeira, ao ponto de a ranger, arrancando a foto de seus dedos — qual não pode guardar dentro do álbum a tempo — e logo abaixando-se para pegar o mesmo, o fechando com dureza durante o processo, o que nem sequer alivia a expressão em seu rosto. Hyung-Ju pode ver posteriormente a isso mais uma foto do seu avô, foi rápido, mas conseguiu visualizá-lo em uma espécie de uniforme de judô.
— Nunca toque nas coisas desse homem, sua mãe não te avisou que nunca deve chegar perto dele tão livremente e ainda por cima ficar bisbilhotando? — Hyung-Ju não diz nada. — Ele é louco! O que faria se te atacasse? - A preocupação, qual ele nunca chegou a demonstrar por seu filho é amplamente medonha.
— Pai... Ele não é...
— Você não o conhece! Saia daqui antes que ele comece a ter uma crise e vá para cima de você.
Seu pai parece transtornado, na verdade mais do que ficaria se Hyung-Ju estivesse mexendo nas coisas dele, sua reação mira ao desproporcional, como se realmente estivesse preocupado com ele. Até mesmo seu terno impecável e bem passado parece se amarrotar com a velocidade de seus movimentos e o nervosismo que está atrelado em cada um deles.
O garoto vira suas costas, saindo pela porta, seus passos tão lentos quanto quando desce as escadas desejando não fazer nenhum ruído, a senhorita Kang retornou depois de ouvir todo o barulho, nem sequer tinha visto o homem chegar na casa.
Hyung-Ju passa diretamente por ela, sem lhe dizer nada também.
— Céus... — Ela resmunga, discretamente pedindo a Deus para que seu patrão não tenha se aborrecido com alguma coisa que ela tenha feito. Se lembra que um dos alertas da senhora Do é de não o irritar em hipótese alguma e manter-se fora do seu caminho, isso quando ele está em casa.
