Do Hyung-Ju, Kim Ye-Joon e Marcelo Souza são três garotos que, à primeira vista, parecem não ter nada em comum além de problemas. Hyung-Ju é um adolescente rico, mas vive isolado por causa da sua aparência, além de um jeito recluso e "irritante", e...
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Hyung-Ju ficou paralisado, com a sua respiração aparentando ter se dissipado como se fosse o véu de um nevoeiro, deixando para trás uma euforia que deixa seu coração estonteado. O que Toemin lhe disse acaba de o atingir mais do que poderia esperar.
— O que você... O que você disse? — O seu cérebro começou a buscar por qualquer justificativa, antes mesmo que o garotinho começasse a explicar a situação, simplesmente pelo fato de a fala ter sido absurda.
— Eu sei, é estranho quando se escuta de primeira, mas... Não era para ter acontecido. Então não fique com raiva do Joon. — Ele abana seus pequenos braços, em um sinal de "trégua".
— Mas... Como uma coisa dessas aconteceu? — Toemin parece pensar.
— Não lembro direito, porque foi há muito tempo, mas eu queria brincar e quando eu cheguei perto dele, ele me empurrou e eu bati a cabeça, foi isso. E ele estava com muita raiva naquele dia, acho que era do papai, então... Aconteceu. Só lembro de ter acordado no hospital. Como se tivesse perdido a memória. — Ele estrala a língua, se distraindo por um segundo. — Então o Joon ficou meloso depois disso, mesmo que eu dissesse para ele que estava tudo bem. Por isso que eu sei que foi sem querer.
Hyung-Ju não consegue demonstrar nenhuma expressão além de uma surpresa alarmante, misturada com um ceticismo triunfal que espalha por suas pupilas, fazendo-o questionar se o Ye-Joon que conhece agora não passa de uma miragem para esconder alguém cruel, mesmo que pareça errado, isso ao mesmo tempo que tenta se convencer de quem foi realmente algo sem querer e que Ye-Joon nunca faria algo assim com o seu próprio irmão.
— Você não se lembra de mais nada, Toemin?
Ele nega com a cabeça.
— Sabe herói, Joon precisa de um bom amigo. Senão, ele vai voltar a ser um menino mau. É isso que o Sr. Song falava.
Eles escutam barulhos de passos rumo as suas direções assim que se silenciam, Hyung-Ju olha para trás se deparando com o garoto que estavam falando, com o seu rosto tomado de curativos — ainda está um pouco inchado — e com uma expressão ambígua se juntando com cada um deles.
