Do Hyung-Ju, Kim Ye-Joon e Marcelo Souza são três garotos que, à primeira vista, parecem não ter nada em comum além de problemas. Hyung-Ju é um adolescente rico, mas vive isolado por causa da sua aparência, além de um jeito recluso e "irritante", e...
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Seoul Slugger Gym. (Uma referência à capital da Coreia do Sul, Seul, e ao apelido "Slugger" frequentemente associado aos boxeadores poderosos.)
O slogan da academia exposto em letras garrafais bem no topo do estabelecimento em um banner preenche os olhos de Hyung-Ju como um reflexo brilhando através de um espelho, não lhe permitindo enxergar corretamente. O reconhecimento suspirando em sua mente com uma intenção nostálgica em seu semblante, o atraindo como um imã. Ele se lembra dos canais de televisão fazendo propaganda sobre essa academia com os campeões entrevistados comentando sobre como era maravilhoso treinar naquele lugar, tendo seu dono e principal treinador posto como se fosse o melhor entre os melhores, ou é isso que se mostrava há pelo menos um pouco mais de dez anos.
À primeira vista, pode parecer apenas mais um edifício entre outros na cidade movimentada. No entanto, para aqueles que conhecem a história de Seoul Slugger Gym sabem que este lugar é sem dúvidas especial, um reduto de honra, disciplina e vitória. Seus alicerces, construídos há décadas, são encharcados com a determinação de lendários aspirantes a campeões, inclusive uma das lendas do ringue juvenil qual ainda está em ascensão.
Ye-Joon encara enquanto Hyung-Ju fica paralisado, congelado diante do lugar. Não que nunca tenha passado por ele durante suas voltas pela cidade, mas só de imaginar que pode entrar dessa vez e principalmente sem estar sozinho traz uma sensação incrível.
— O que estão esperando? Venham logo, antes que meu velho me ligue. — Hobin já está praticamente na porta, empurrando a mesma para que possa entrar utilizando uma de suas mãos.
— Vamos lá, Hyung. — Por um momento Ye-Joon também hesitou em entrar, unicamente por ter um amontoado de memórias se juntando em seu cérebro da época em que frequentava tal local, unindo também com a possibilidade de encontrar rostos que não vê desde que decidiu largar de vez o boxe.
Ele colocou suas mãos no bolso, seguindo para o interior do lugar lentamente junto com o outro garoto, que não está mais do que animado para avistar o que tem do lado de dentro, mesmo que já saiba com o que vai se deparar, afinal o que mais uma academia poderia ter de tão especial, além do mínimo de coisas que esse tipo de ambiente possuí?
