Do Hyung-Ju, Kim Ye-Joon e Marcelo Souza são três garotos que, à primeira vista, parecem não ter nada em comum além de problemas. Hyung-Ju é um adolescente rico, mas vive isolado por causa da sua aparência, além de um jeito recluso e "irritante", e...
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— Eu me sinto um idiota... — Ye-Joon sussurra, tentando acompanhar cada pequena instrução da professora do terceiro ano, que não parou de ditar quinze páginas de instrução do livro de matemática avançada desde que passou pela porta da sala, tentando fazer com que não reste nenhuma dúvida nos alunos.
Ela se ofereceu prontamente para coordenar os garotos da detenção assim que foi solicitado um pedido aos professores. A senhorita Shin é bem conhecida por fazer esse tipo de "trabalho extra", isso porque tem um desejo genuíno de ajudar, guiando os bagunceiros para o bom caminho da forma que está ao seu alcance, entretanto os delinquentes da Yonsei parecem ser um caso perdido, que se multiplica implacavelmente com o decorrer do tempo, mesmo com o diretor tentando soterrar.
Hyung-Ju está partilhando uma mesa com Ye-Joon, e a sala com mais seis alunos que estão discretamente rindo e mexendo no celular desde que a detenção começou, há cerca de meia-hora, mesmo com os incontáveis protestos da professora.
A sala — que se localiza no quarto andar do prédio — foi feita exclusivamente para esse tipo de atividade de educação ou em outras palavras, a detenção, com as mesas possuindo lugares duplos para que os alunos possam trabalhar juntos, o que pode muito bem ser distinguido como uma tortura para os mesmos, pois as atividades que são passadas costumam ser bem cansativas e podem ser servidas de uma punição extra se não executadas e terminadas antes do horário de saída, um truque para evitar folga, afinal de acordo com o diretor "detenção não é um momento de descanso". Esse tempo se torna mais insuportável quando as duplas não se conhecem.
— Por quê? — Resmungou, confuso com a fala do garoto ao seu lado, qual está um pouco distraído tentando manter uma lapiseira equilibrada entre o seu nariz e lábio superior, fazendo-a lembrar um bigode. Isto ao mesmo tempo que ele está praticamente estirado na cadeira, aparentemente pensando em como solucionar as questões.
— Toda vez que eu vejo esse monte de cálculos na minha frente, só me parece ser um monte de emaranhados confusos que eu não faço a mínima ideia de onde se encaixam. — A lapiseira cai após ele tremer os lábios.
Ele está encarrando sua folha de atividades desde que foi entregue pela professora, ela está rabiscada em volta devido ele perder tempo desenhando invés de solucionar as questões, Ye-Joon é muito bom em variadas matérias, mas quando cálculo entra na situação ele se parece com uma "ameba", como Toemin apontaria se aí estivesse — pensando nele, o irmãozinho deve estar uma fera por ter que esperar na porta da escola mais alguns minutos do que normalmente.
