Panquecas quentinhas

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07 julho 2012

Faço carinho no rosto de Heitor enquanto o mesmo dorme tranquilamente, e ouço batidas na porta do quarto, minha paixão está tão cansado que nem se move, me levanto e vou ate a porta e vejo Iza e sorrio.

–Precisa de algo amor?

–Tia você sabe fazer panquecas?

–Sei , por que?

–Pode fazer pra mim, estou morrendo de vontade e ninguém aqui sabe fazer.

–Faço sim querida, me dá cinco minutos só para mim pegar o roupão?

–Ta bom!

Coloco o roupão e saiu do quarto e fecho a porta, olho o relógio de parede e são 5:00 da manhã, como hoje é sábado os irmãos descansam e dormem até as as 7 às 8.

–Não acha que esta muito cedo para você comer panquecas querida?

–Não Tia,  aí agente pode deixar prontas para o papai e pro tio Heitor.

–Tudo bem então princesa, você pode me ajudar?

–Claro, o que quer que eu faça.

Começamos a preparar a massa e vamos conversando.

–A mamãe costumava fazer panquecas, todos os sábados no café da manhã, eu ainda lembro do cheiro.

Sorrio.

–Quer provar a massa bonequinha, pra ver se esta gostosa?

Ela sorri animada.

–Quero muito.

Ela coloca o dedo na massa e prova.

–Hummmm!! 

Sorrio ao ver a garota fechar os olhos e suspirar com o sabor. Beijo sua testa e começo a colocar as panquecas na frigideira.

HEITOR   07 julho 2012

Passo a mão do lado dela da cama e não a sinto.

–Paixão?

–Paixãozinha?

–oii amorzinho, bom dia.

Ouço o som da voz masculina do meu irmão imitando a Ester. Me levanto e jogo um travesseiro nele.

–Entrou e nem bateu?

porta estava escorado, e eu ouvi “paixão, paixãozinha”  e não teve respostas e então entrei, e Iza também não está na cama, então pensei,  ela deve estar usando Ester já que é seu penúltimo dia aqui, até o próximo mês.

–Tadinha da Ester, está sendo usada.

Rimos.

–Você sabe que ela gosta. Pelo menos superou o último episódio.

–Verdade né, mas não levou nem 2 horas pra elas voltaram a serem melhores amigas de novo.

–Eu gosto dela aqui, a Iza nunca acordou tão cedo, e você nunca esteve tão feliz, onde achou ela?

–Em uma boate... no dia do aniversário dela, a aniversariante foi ela , mas quem ganhou o presente fui eu.

Olho o mesmo e vejo o mesmo suspirar e sentir o cheiro.

–Que foi?

Pergunto curioso.

–Panquecas... Cheiro de Lilian...

–Não gosta?

–Eu amo! Senti saudades de uma presença feminina ao nosso redor , sem ser a de Iza, obrigado por isso.

O abraço e logo nos desvencilhamos.

–Deveria encontrar alguém também,  não acha?

–Já estou velho, as mulheres de hoje estão modernas poucas querem isso aqui Heitor, e também não sei se sou capaz de um recomeço.

–Você é capaz, e outra ainda é jovem e pode se casar, existem poucas mas não são extintas a esperança e a ultima que morre, e a amiga da Ester adora um partidão velho.

–Velho?

Rio dele já me levantando e colocando uma camisa.

–Agora vem, vamos comer panquecas!

Logo após nossa conversas, vamos para a cozinha, os cômodos da casa são longes pois a casa é grande, estilo casas antigas de campo, porém bem atualizada por dentro em questão de moveis e essas coisas. Chegamos na cozinha e encontro Ester ensinando Iza a como virar a panqueca na panela, vejo um breve sorriso no rosto de Tadeu, ele está feliz por ver o contato que Iza e Ester tem.

–Bom dia garotas.

Ester se virar e dá um belo sorriso, mas Iza já vem logo animada conversando com o pai.

–Papai a Iza fez panquecas de mel, vem ver, e estão gostosas como as da mamãe, essas aqui foi eu mesma que fiz, prova.

Vejo a animação da pequena , dando o prato com panquecas para o pai, é vou ate Ester, a minha Ester e beijo seus labios que é retribuido de bom grado.

–Bom dia!

–Bom dia meu amor!
Acaricio seus cachos soltos, fazendo um carinho, a combinação de seus olhos verdes e sua pele clara juntos ao seu tom de cabelos preto e linda. Me aproximo sentindo o cheiro dos seus cabelos, cheiro do seu shampoo natural de melão, a vejo sorri e saiu do meu transe momentâneo e beijo sua bochecha.

–Será que eu posso provar as panquecas também?

–Claro, prova e vê se você gosta.

A mesma corta a mesma no meio e pega um dos pedaços e coloca na minha boca e eu provo, sentindo o sabor, estava uma delicia, a verdade é que minha mulher era um espetáculo na cozinha, ela tem talento em tudo que faz com essas belas mãos.

–Está um delicia, uma das melhores panquecas que eu já comi.

Sorrio.

–Que bom que gostou amor!

–Amor? Gosto disso, soa bem na sua voz.

Rimos.

Ester olha para Tadeu e pergunta:

–O que acha das panquecas?

–Estão... deliciosas...

Fala o mesmo de boca cheia já em uma das terceiras, rimos dele.

Me traga de volta a vida?Onde histórias criam vida. Descubra agora