2 - Ajude-me, Malfoy.

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Draco ainda permanecia sem compreender o discurso que eu falava e isso durou mais de cinco minutos irritantes para mim.

— Você tá querendo me dizer que o seu pai, James Potter já foi apaixonado por um garoto? — Malfoy repetia sarcasticamente, reviro os olhos.

Sabia que eu me arrependeria daquela decisão, só não sabia que seria tão rápido.

— Malfoy é sério, eu escutei Sirius dizer e estou incrívelmente confiando isso à você.

Eu até puder sentir Malfoy ceder, mas ele é um Sonserino bastante difícil, entretanto eu sou um Grifinório teimoso.

— Ok, e o que isso me importa? — Parecia uma pergunta retórica, mas eu ainda fiz questão de responder.

Estava tentando ser o mais paciente que eu conseguia.

— Eu preciso da sua...ajuda para descobrir quem é, não sei se posso conseguir isso assim tão fácil — finalizo calmo.

Não obteve uma dedução lógica para a reação que Malfoy teve após a minha frase, ele gargalhava alto como se eu tivesse o contado uma piada boa demais. Por acaso esse babaca sabe o quão difícil era pedir a ajuda dele para algo tão pessoal? O pedido de ajuda saiu rasgando minha garganta deixando um gosto amargo na boca depois que o fiz, e o idiota apenas ficaria rindo? Inacreditável, de fato uma perca de tempo.

Nunca sequer sonhei em precisar pedir ajuda ao Malfoy, ele sempre foi para mim apenas um garoto minado sedento por atenção e agora ele estava a rir da minha cara, justo quando tento deixar as diferenças de lado.

— Muito engraçado Potter, é realmente muito engraçado— Draco limpava os resquícios de lágrimas dos seus olhos e eu sentia mais necessidade de o matar.

Me mantive sério, nenhum sorriso sequer brotou em meus lábios.

— Espera, você está falando sério? — Ele perguntou, sem acreditar.

— É claro, seu imbecil.

— Por Merlin, não deveria pedir a ajuda dos seus amigos idiotas? — Sugeriu ele, levantando da cadeira.

Havíamos entrado em uma sala de aula vazia que encontrei para que eu pudesse continuar a falar as razões de pedir sua ajuda.

— Eles não são idiotas e não quero envolver eles dessa vez, eu sempre arrasto os meus amigos para todas as minhas confusões de vida ou morte — Afundo na cadeira cabisbaixo. — Eu me importo demais com eles.

Era hora de fazer algo por minha própria conta, com uma ajudinha à mais, infelizmente.

Pensei, nem que fosse um pouco, ter visto um olhar de compaixão vindo do Malfoy, mas não durou muito, então não comentei em voz alta.

— Até essa parte eu entendo, só não entendo por que justo eu? Draco Malfoy, seu arqui-inimigo — O loiro cruzou os braços ainda com aquela postura superior na frente da mesa que eu estava sentado, ignoro, já havia me acostumado.

— Exatamente, se a gente chegar a correr risco de vida eu te deixo lá para morrer — Deixo um sorriso sarcástico escapar, gostando da idealização.

O Malfoy certamente iria indagar uma ofensa bem ruim, mas surpreendemente se conteve.

— O que te faz pensar que sofreremos risco de vida com uma coisinha dessas? — Draco questionou.

— Ah Malfoy, eu estou sempre correndo risco de vida com as menores coisas e quem está ao meu lado também passa a correr risco — Eu até quis parecer não liga para o que tinha saído dos meus próprios lábios, no entanto doía dizer aquele fato.

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