8. Erros.

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Boa leitura!

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TAEHYUNG

Eu me agarrei à beirada da piscina com a testa franzida. Mal consegui me concentrar na prova de hoje, sentia como se pudesse mergulhar na água e ser empurrado para o fundo e mesmo assim sobreviveria depois de tudo que passei. Não conseguia parar de pensar nos peixes que matei acidentalmente e não tinha ideia do que fazer, não estava preparado para lidar com mais problemas. Eu queria me afogar na piscina só para escapar de tudo isso.

— O que aconteceu? — Hyun nadou até mim e Bogum se agachou próximo à piscina, juntando-se a nós. Ambos me olhavam com curiosidade.

A condição de Bogum não permitiu que ele fizesse o exame de natação, então ele teve que preparar um relatório por escrito. Eu respirei fundo, o que apenas os deixou ainda mais curiosos.

— Estou muito estressado — disse, me erguendo na borda da piscina e sentando ao lado de Bogum.

— Se algo está te incomodando você pode nos contar. Talvez possamos ajudar — Hyun disse com um olhar preocupado, boiando na piscina. A touca laranja chamativa de natação que ele usava me lembrava dos peixes no lago.

Se eu tivesse matado um peixe em outro lugar pediria desculpas, mas eu matei os peixes do filho primogênito da máfia. Qual a probabilidade dele me matar?

— O que eu faço? — esfreguei as mãos no rosto, ansioso, deixando eles ainda mais confusos.

— Foi aquele desgraçado de novo, não foi? O que ele fez? Diga e eu vou acabar com ele! — Bogum falou, visivelmente aborrecido e Hyun jogou água nele.

— Olhe para o seu estado primeiro, imbecil — Hyun respondeu.

— Exatamente por isso — Bogum continuou, claramente zangado a menção do assunto.

Eu me desculpei por usar o nome dele e expliquei tudo; claro, ele ainda estava com raiva e tinha razão, mas me ofereci para bancar o almoço durante o mês todo e ele voltou ao normal comigo. Também contei sobre tudo para os dois e expliquei os meus motivos para aceitar a oferta, eles naturalmente se opuseram e ficaram preocupados com minha escolha, mas me entenderam.

— Hyun, você pode tirar essa touca? — perguntei, olhando para ele. Sua cabeça na água me lembrava uma carpa e isso estava desencadeando minha ansiedade.

— O quê? — ele questionou, mas mesmo assim tirou a touca e se recostou ao meu lado. — Nos conte o que aconteceu.

— Eu matei Elizabeth e Sebastian — fechei os olhos e respirei fundo ao confessar.

— O que? Você trabalhou um dia e ele já mandou você matar alguém? Chame a polícia! — Bogum exclamou chocado. — Merda... agora tenho um amigo assassino.

Dei um tapa na cabeça dele, ignorando os ferimentos.

— Eles fazem isso mesmo? Caramba, Tae... você precisa sair dessa situação o mais rápido possível —Hyun se afastou um pouco, assustado, os olhos de ambos estavam arregalados.

— Eram humanos... — Bogum começou, mas eu o interrompi.

— Não eram humanos! — os dois ficaram em silêncio, esperando que eu continuasse. — Eram peixes - eles suspiraram aliviados.

— Cara, você quase me matou do coração. Que alívio! Os peixes tem nomes? — Bogum perguntou.

— Exatamente porque os peixes têm nomes é que estou preocupado.

Eu contei toda a minha experiência do primeiro dia e os dois riram da minha desgraça, naturalmente meu estresse se transformou em risadas junto com eles. Hyun reiterou o conselho que já me havia dado pedindo para desistir, mas que se realmente não pudesse fazer isso, enfrentar o problema de frente. Mas desistir não era uma opção, eu havia assinado um contrato de um ano e não teria como pagar as taxas se violasse.

Proof of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora