7. Confusões no primeiro dia.

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TAEHYUNG

Passei um bom tempo refletindo sobre minhas decisões enquanto me aproximava dos imponentes portões dourados da mansão. O guarda pediu meu nome e após conferir indicou para eu estacionar a moto. Soltei um suspiro cansado, observando os homens de ternos escuros espalhados pelo vasto jardim. Por que eles precisavam de tanta segurança? Que tipo de negócios esses caras administram para justificar tanta proteção? Minha cabeça estava cheia de perguntas.

— Vejo que chegou, venha comigo — assim que pisei no hall de entrada, Seojoon me cumprimentou segurando uma xícara de café em uma mão e documentos na outra. Caminhamos por várias salas, cada uma mais imponente que a anterior e a sensação de que nunca me acostumaria com aquele ambiente só aumentava. O silêncio ali era pesado, quase opressor. — Entre.

Ele me guiou até uma sala de reuniões impecavelmente organizada, com projetores, mesas e cadeiras dispostas de forma meticulosa.

— Ouvi dizer que você brigou com Mingyu ontem. Isso é verdade? — perguntou casualmente.

— Ele começou — respondi, sem rodeios.

— Taehyung, por favor, evite confusões com nossos parceiros. Tente ao menos se entrosar e principalmente não complique as coisas com o senhor Jungkook.

Só de ouvir aquele nome meu humor já era completamente arruinado.

— Sente-se — ele indicou uma cadeira e eu obedeci. — Aqui estão uma arma de fogo e uma faca, sempre leve as duas com você quando sair com Jungkook. Sabe usar uma arma? — ele perguntou ao notar minha hesitação. — Tudo bem, você terá treinamento. Apenas lembre-se que a sua função principal é proteger o chefe custe o que custar — ele levantou uma pequena caixa preta e a entregou para mim.

— E se eu... atirar em alguém por engano? Vou ser preso? — perguntei, encarando a arma com receio. E se eu matasse alguém sem querer?

— Nada do que acontece aqui é regulado pela lei comum — respondeu friamente.

Então, era isso. Jeon Jaesan controlava tudo e todos? Que tipo de vida essas pessoas levavam para serem tão intocáveis?

— Ao menos me diga de quem eu devo proteger ele — insisti.

— De qualquer um que ousar ameaçá-lo. Pessoas com dívidas, rivais, inimigos... todos são um risco.

Perfeito. Eu só queria ajudar uma pessoa que parecia inocente e agora estava preso em um emaranhado de problemas resultado dos segredos e inimigos da família dele.

— A família Jeon administra cassinos, faz empréstimos ilegais e outros negócios mais. — Seojoon parecia adivinhar meus pensamentos. — Agoranpare de me questionar e vá cumprir seu trabalho, senhor Jungkook deve estar voltando.

Concordei relutante e guardei o estojo com as armas.

— Onde é o quarto de Jungkook? — perguntei, tentando manter a calma.

— Ele não é seu amigo, então pare de ser tão informal — disse Seojoon com irritação.

— Certo, onde fica? — repeti, um pouco mais impaciente.

— Segundo andar, a última porta a esquerda — respondeu. — Ah, e se você sabe que se tentar machucá-lo estará morto — acrescentou com um olhar afiado.

Nunca experimentei ser tão ameaçado em um único dia. Me sentia como um cão preso por uma coleira curta.

[...]

Subi para o segundo andar exatamente como ele havia dito e fui recebido por uma fileira de guarda-costas que me lançavam olhares desconfiados. Enquanto caminhava em direção ao quarto, percebi que era o mesmo lugar onde fui arrastado ontem. Parei diante da porta e um dos seguranças sentado ao lado se dirigiu a mim.

Proof of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora