7. Lost in Confusion

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— Vamos voltar para os acontecimentos da última sexta à noite. — A alfa falou, pelo que pareceu a centésima vez para Yoongi, que estava começando a se desesperar com tudo aquilo. O ômega agitava a perna por baixo da mesa, enquanto tentava se recuperar do choque de ter sido arrastado até ali.

Uma pasta de arquivo, com a insígnia da polícia, foi jogada na mesa de aço à sua frente. Aparentemente estava sentindo o peso das quatro últimas noites mal dormidas naquele momento, pois estava extremamente exausto e ainda não compreendia como tinha ido parar ali.

— Eu já disse! — O ômega bufou irritado. — Depois do show, eu fui até o balcão, pedi três canecas de chopp, mandei que entregasse na mesa onde estavam os meus amigos, paguei e saí pelos fundos. O Sr. Doyle foi até onde eu estava, fez insinuações para mim e quando eu não correspondi, se tornou agressivo. Um alfa apareceu e me socorreu. — Por algum motivo, não quis envolver Hoseok naquilo, mesmo que seu álibi estivesse com ele. — E depois disso eu fui para casa. Até o dia seguinte e saí depois das 7hrs da manhã para o meu turno na cafeteria em que trabalho.

Yoongi respondeu as mesmas perguntas mais uma vez, e quando estava se sentindo derrotado pediu para dar o telefonema ao qual tinha direito. Deu graças aos diversos programas policiais que assistia, porque senão, tinha certeza de que já teria falado ou feito algo de que se arrependeria. O ômega foi levado até uma mesa e pegou o telefone preto, pensando em quem procuraria. Porém, seus dedos foram mais rápidos, discando o número que já conhecia.

— Alô? — A voz do amigo, trouxe todo o medo que o ômega estava guardando e por muito pouco não chorou desesperadamente.

— Jin... me escuta com atenção, que eu não tenho muito tempo. — Yoongi fungou alto, e secou o rosto com dificuldade, por causa das algemas. — O sr. Doyle me acusou de furto. E-eu preciso que encontre um advogado pra mim.

O ômega mal tinha terminado de acertar tudo com o melhor amigo, quando o aparelho telefônico foi arrancado de sua mão pela alfa e colocado de volta no gancho e com a voz ríspida, avisou que o tempo tinha acabado.

Yoongi foi levado até uma porta grande e encaminhado para uma cela vazia no fim de um corredor, com outras quatro celas abarrotadas de alfas e betas. O ômega estranhou, afinal, não deveria ser colocado no mesmo local que outros alfas. Estava pronto para reclamar, quando percebeu o sorriso dissimulado da policial que o tinha levado até ali.

Não daria o gosto de vê-lo acuado para ela. O ômega então, se sentou no banco de aço que tinha ali e apoiou a cabeça na parede fria. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, mas não deveria estar tão surpreso, afinal, Doyle era um alfa e as regras pareciam não se aplicar a eles.

Ele até tentou não dar importância aos gritos e assovios que eram dirigidos a si, mas ficava meio difícil quando era o único ômega perto de tantos alfas.

Não sabia muito bem quanto tempo havia se passado, mas o policial que o tinha levado ali, o ômega, foi até a sua cela e o estendeu um casaco da policia. E só naquele momento, Yoongi notou que tremia e não era por causa do choque. Ali estava frio.

O ômega agradeceu e vestiu o casaco que tinha um tecido grosso e camada de lona. A medida que se aquecia, o desespero parecia voltar com força. Ele não sabia o que faria se não conseguisse provar que era inocente. A mera ideia era apavorante demais.

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Seokjin se orgulhava em ser um ômega racional e centrado, sempre pensando na opção mais lógica em cada situação, mas não tinha conseguido parar de chorar desde a ligação do melhor amigo. Cadeia? Um ômega sendo preso daquele jeito?

Stereo Hearts  [YoonSeok/Sope]  A|B|OOnde histórias criam vida. Descubra agora