Deixe o amor falar... *EM EDIÇÃO ORTOGRÁFICA*

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Acordamos na manhã seguinte e a chuva forte lá fora fazia todo o quarto parecer ainda mais escuro, isso no meu livro sempre seria mais um motivo para permanecer na cama por mais alguns minutos... Eu olhei todo o quarto com atenção. Esse quarto sempre seria importante para mim, eu posso odiar a casa inteira, mas foi nesse quarto que meu futuro começou a ser definido, apesar de eu tremer em certos ambientes desta casa, este quarto não me causava rancores ou medos, aqui eu sentia algum vestígio de paz.

Eu observei as janelas refazendo todos os últimos acontecimentos, meus pensamentos continuavam limpos e leves, definitivamente ontem algo mudou para mim. Toda desforra e purificação estão flutuando em minha mente. Foi como na época de Maria, uma chave imaginária mudando tudo em mim. Tudo o que eu vivi nas últimas semanas nunca seria esquecido. Eu preciso organizar os fatos e novos comportamentos que eu e Yelena desenvolvemos. Eu não sei se é como uma mudança propriamente dita que deve ser levada em consideração, mas definitivamente há algo novo em nossa atmosfera. Eu e Yelena mudamos algo crucial em nosso relacionamento.

Eu busquei a mulher que estava em todos os meus pensamentos com os olhos. Eu tinha Yelena nos meus braços e ela estava tão quentinha, tão macia, nenhum traço de cansaço e preocupação restavam nela... Toda a figura tranquila e relaxada, a respiração ritmada me dizendo que ela está em seu melhor sono. Ela sempre me disse que seu melhor sono é nas primeiras horas da manhã, isso me fazia evitar acordá-la todas as vezes. Eu não queria acordá-la exatamente agora, mas eu a quero tanto quanto antes e ao mesmo tempo, muito mais do que sempre quero.

Um mês inteiro sem ela depois de meses tendo todo maldito dia o corpo dela está me deixando louca. Eu toquei seu ombro com a ponta dos meus dedos e ela se aproximou de mim. Ela me reconhece até mesmo em seu sono. Ela definitivamente evitou meu toque por uma razão. Eu entendo você, meu amor. Todo o poder que Yelena tem sobre mim, eu sei que também tenho. Somos iguais.

Eu nunca fui uma pessoa que via o sexo como realmente necessário, enquanto eu sempre tive acesso a isso, eu nunca fui liderada por isso. Meus dedos deslizaram pela curva de seus seios e costelas enquanto ela arqueou seu corpo de maneira suave. Tudo nela, é meu também.

Toda essa mentalidade sexual, sensual, fervente, irresistível, pungente... essa erupção incessante... foi somente depois de conhecer Yelena. Foi com ela que eu entendi para que o sexo servia, antes era uma necessidade física, uma válvula de escape, e agora tudo sobre isso era para acrescentar, para vivenciar algo muito maior, era uma necessidade, mas não somente relacionada ao meu corpo, era como eu reafirmava meus sentimentos.

Me movi devagar para sair de trás dela, afastei nossos lençóis apenas o suficiente para olhar o corpo meio coberto, as linhas perfeitas dos braços dela, os traços dos quadris, eu deixei um beijo suave, um toque sutil de meus lábios na curva do quadril somente para ver sua reação a mim, ela nunca me decepciona, abriu suas pernas naturalmente... agora ela estava respirando muito mais como se fosse acordar, tudo e todas as reações me fizeram arder por ela mais uma vez e descer para debaixo do edredom.

Eu ainda não havia superado toda a adrenalina de ontem. Tudo sobre como agimos ontem ainda estava quente na minha mente, mesmo em seu comportamento ruim, eu ainda me senti desejada por ela, ainda me vi excitada por tudo o que ela poderia fazer com meu corpo, mesmo aquela pessoa que eu agora sei que ela pode ser, até mesmo essa aura de maldade me fez ficar quente por ela. E então toda a violência dos atos dela... tudo... tudo... Yelena me tem em tudo. Tudo é apelativo.

Eu e ela tivemos uma noite perfeita, uma tormenta que esteve represada por mais de um mês.

Depois de tudo pronto e Levi ter dormido, nós tivemos nosso banho como precisávamos, fizemos amor no banheiro que nos deu tudo, e nos demos intimidade, uma ligação muito satisfatória, muito necessária para que voltássemos ao que éramos, eu fiz tudo o que ela pediu e mais, eu queria que tivéssemos uma memória melhor nesse banheiro e nos dei isso... Depois fomos para a nossa cama, onde tivemos, como sempre, mais do melhor sexo existente, toda a selvageria que nos alcança todas as vezes sendo trazida e complementada pela saudade.

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