Acordei bem cedo no dia seguinte. Era fim de semana, e como Nicolas havia se machucado, o dia era só meu. Coloquei minha roupa de malhação, tomei um suco de laranja e saí para minha corrida. Apesar de não ter tempo para praticar alguns exercícios, eu sempre corria quando podia. Isso me mantinha sempre disposta. Sentei em um dos bancos que tinham ali, apenas para descansar e beber um pouco de água.
Peguei meu celular, dando um pause na música que tocava, quando recebo uma ligação de número desconhecido.
— Alô? — atendo sem obter retorno. — Alô? Tem alguém na linha?
Desligou. Olhei para o celular vendo a chamada ser interrompida. Deve ter sido algum engano. Tentei cogitar essa ideia, mas quando o número ligou de novo, logo mudei.
— Alô? — falo um pouco mais alto. Quem sabe a pessoa do outro lado não está me ouvindo direito, não é? — Com quem estou falando?
E novamente a ligação cai. Estreito minhas sobrancelhas tendo minha testa franzida. O mesmo número volta a ligar e atendo zangada.
— Quem é? — continua mudo, sem retorno. — Se for trote, ou algum tipo de brincadeira, não tem graça. Eu posso denunciar você!
E de novo, a ligação caiu. Levantei a cabeça olhando a minha volta. Havia muitas pessoas com o celular na mão. Sinto o vibrar na minha mão e desligo, bloqueando o número. Um pouco nervosa com a situação, levanto do banco, voltando a correr até minha casa.
Após um banho, roupa trocada. Era hora de ir visitar minha mãe. O lar de idosos ficava um pouco longe da minha casa. Mas, todo final de semana, eu vinha para visita-la.
— Bom dia doutor Fergus. — Cumprimento quando o vejo pelo corredor da grande instituição.
— Oh! Bom dia Sarah! — estendo a mão para ele que aperta suavemente.
— Como está a saúde de dona Cris?
— Na verdade, ela começou a apresentar indícios de pressão alta. Já até fizemos alguns exames, estamos só esperando o resultado.
— Pressão alta? Ela vai precisar de mais remédios? — questiono aflita.
— Infelizmente vai.
— E como fica o orçamento?
— Vai aumentar pouca coisa. — diz me confortando.
— De qualquer forma, não importa o valor doutor, pode me mandar o novo boleto, que pago. É da saúde de minha mãe que estamos falando, e eu quero o melhor para ela. — Ele concorda com a cabeça. — Onde ela está? Posso vê-la?
— Está na área do jardim. Alice? — ela chama umas das enfermeiras que estão ali perto.
— Pois não doutor?
— Leve a senhorita Sarah, até a mãe dela.
— Claro. Como tem passado senhorita Sarah? Alguma novidade? — A enfermeira Alice pergunta com um sorriso confortante e estende o braço para que eu a acompanhe.
— O mesmo de sempre Alice, obrigada por perguntar. Minha mãe tem dado muito trabalho a vocês?
— Sua mãe é um amor, Sarah.
— É bom ouvir isso. — Sorrio em agradecimento.
Um ano vindo quase todos os finais de semana, me fizeram conhecer todos os funcionários do lar. Eles eram bastante atenciosos tanto com minha mãe como comigo, e esse foi um dos motivos para colocá-la aqui. Sigo Alice pelos corredores, até chegar no jardim.
O jardim da instituição era enorme. Cheio de flores de todos tipos de cor e espécie. Haviam também muitas borboletas e pássaros. Passeio meus olhos pelo local até encontrar minha mãe.
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Amor Previsível
RomanceSarah White e Nicolas Cook trabalham juntos na empresa de Arquitetura " Your Homes ", ambos talentosos no que fazem, deveriam ser companheiros de trabalho, mas na verdade, eles agem como cão e gato . Nicolas adora irritar Sarah, que por sua vez, sem...