Capítulo 13

259 58 5
                                    

— Já mencionei o quanto fico arrepiado se alguém encosta em meu pescoço? — Nicolas questionou rouco.

— Como? — perguntei soltando o ar e tentei me afastar. — O que você está fazendo?

Nicolas circulou seus braços em torno de mim em um abraço confortável, mas que de início me deixou nervosa.

— Não sei ao certo, mas eu preciso fazer isso.

— Isso o quê?

Parei meu rosto a centímetros do seu. Seu peito subia e descia devagar e prendi minha respiração quando ele fitou minha boca. Seu semblante era sério e apesar de nervoso, vi o desejo em seus olhos.

— Te beijar.

Não foi um aviso ou uma provocação. Não houve duplo sentido ou indiretas. Foi um desejo, uma vontade e dessa vez, foi direto. Me calei pois não vinha nada em minha mente, apenas as duas palavras que pareciam ecoar frequentemente. Te beijar. Ele segurou minha nuca, puxando para si e senti seus lábios macios nos meus.

Acho que demorou uns cinco segundos para eu pudesse reagir ao seu beijo. Não para afastá-lo, mas sim para aprofundar. Ouvi um grunhir seu, fazendo meu íntimo entrar em alerta. Levei minhas mãos aos seus cabelos descendo-as até seus braços musculosos e novamente voltando aos seus cabelos. Ele apertava minhas coxas e deslizava sua outra mão por minhas costas. Quando encerramos o beijo, nossas respirações estavam rápidas e eu só tinha uma pergunta em minha mente.

— Porque?

— Eu precisava. — confessou sincero.

— Precisava me beijar?

— Sim.

— Porquê? — questionei ofegante.

Nicolas me olhou. Nossas respirações erradas eram as únicas coisas que preenchiam o ambiente. Ele tirou uma mecha de meu cabelo colocando atrás de minha orelha e acariciou meu rosto. Eu estava vidrada em seus olhos que a todo momento pousava em meus lábios.

Durante toda minha vida, nunca havia presenciado ou sentido tal sentimento que habitava em mim nesse exato momento. Eu sabia o que era, mas nunca havia chegado a esse nível. Eu estava nervosa, ansiosa, meu coração continuava a bater descontroladamente e minha boca só queria a dele.

— Nunca achei que esse dia chegaria. — iniciou. Ele sorrio tímido me fazendo admirá-lo.

— Que dia? — indaguei curiosa.

— O dia em que eu iria me declarar para você.

— Como?

— Só precisei pousar meus olhos em você por cinco segundos, para me apaixonar.

Seu olhar era sereno e sincero. Meus lábios se entreabriram surpresos. Ela havia acabado de falar sobre... Paixão? Desviei meus olhos dos seus, sentindo meu rosto queimar envergonhada.

— Apaixonar? — repeti a última palavra.

— Sim... Você lembra? Eu estava sentado, na sala de espera para fazer a entrevista de emprego com o presidente e você chegou faltando dez minutos para sermos chamados.

Eu me lembrava perfeitamente desse dia. Parecia que tudo estava dando errado para mim. Meu ex havia aparecido tarde da noite no dia anterior, gritando na rua por mim. Tive que chamar a polícia para tirar ele de lá. Só então consegui dormir e acabei dormindo até demais. Quase cheguei atrasada para a entrevista de emprego na empresa Your Home.

— Usava um vestido preto que ia até os joelhos e um blazer branco por cima, combinando com o salto. Você sorriu para mim e se sentou ao meu lado, estava nervosa. Uau... — Nicolas arfou me fazendo fita-lo. — Você estava realmente muito linda. A mulher mais linda que eu já havia visto.

Amor PrevisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora