Entrei no quarto onde Nicolas estava. Ele dormia tranquilamente. Me aproximei da sua cama e acariciei seus cabelos.
— Desculpa por te colocar nisso. Não achei que Arthur pudesse ir tão longe. — murmuro baixo.
Seu rosto estava limpo, mas apresentava um arroxeado por volta de um dos olhos e na lateral de sua boca. Respirei fundo me sentindo culpada por ele estar nessa situação. Olhei em volta do quarto, vendo uma garrafa de água ali e peguei um copo bebendo, indo ao banheiro em seguida.
Vi meu reflexo no espelho fitando minha bochecha ainda vermelha dos tapas. Passei minha mão sentindo uma leve dorzinha e amarrei meus cabelos. Molhei meu rosto com a água morna, sequei e voltei para Nicolas. Me sentei na cadeira ao seu lado e segurei sua mão sentindo sua quentura.
Lembro-me de sua declaração e sorrio. Eu sentia o mesmo que ele e sabia disso. Não tinha porque eu ignorar esse sentimento. Ele era diferente de todos com quem já me relacionei e quando vi ele amarrado aquela cadeira, preferi que fosse eu no seu lugar.
— Eu gosto de você. — sussurro sorrindo.
Beijei sua mão enfaixada e deitei minha cabeça perto de seu corpo. Era nítido o quanto eu estava cansada do dia.
***
Senti um carinho em minha bochecha e respirei fundo abrindo meus olhos.
— Oi. — Ouço a voz de Nicolas suave e levanto minha cabeça observando-o.
— Oi. — respondo me ajeitando na cadeira. — Faz tempo que acordou?
— Não.
— Como está se sentindo? — pergunto.
— Bem.
— De verdade?
— Hunrum. — murmurou balançando a cabeça e respirei aliviada.
— É bom ouvir isso. — afirmo sorrindo.
— Não imaginei que fosse vir mesmo. Achei que já estaria em casa.
— Você está nessa situação por minha causa, como eu...
— Não se culpe, por favor. — pede me interrompendo. — O único culpado dessa situação é aquele cara.
— Ele está preso. — conto.
— É uma ótima notícia. — murmura em suspiro e aceno.
— É maravilhosa.
— E você como está? — pergunta e fito nossas mãos juntas.
— Agora que você acordou, estou melhor. — falo sincera.
— Você veio por que se sentiu culpada ou... — Nicolas parou de falar, mas eu sabia o que ele queria dizer.
Me levantei da cadeira me aproximando da cama e ele se afastou um pouco, me dando espaço para se sentar ao seu lado. Ainda segurando sua mão, respirei fundo e o fitei. Meu coração batia forte e sorri tímida cobrindo meu rosto com as mãos.
— Ai meu Deus. — balbuciei.
Senti quando Nicolas se sentou na cama e se aproximou de mim tirando minhas mãos de meu rosto.
— Quer me dizer algo? — sua voz serena me transmitia paz, então levantei a cabeça encarando-o.
— É você. — sussurrei.
Senti o nervosismo bom que gostava quando estava com ele. Meu coração acelerou e mordi meu lábio inferior. Nicolas me observava apaixonado e sabia que os meus também transmitiam o mesmo. Nicolas levantou sua mão encaixando-a em minha nuca.
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Amor Previsível
RomantizmSarah White e Nicolas Cook trabalham juntos na empresa de Arquitetura " Your Homes ", ambos talentosos no que fazem, deveriam ser companheiros de trabalho, mas na verdade, eles agem como cão e gato . Nicolas adora irritar Sarah, que por sua vez, sem...