Respirei fundo e sentei na cama de súbito. Meus olhos arderam com tal claridade que vinha das janelas e os apertei, abrindo-os novamente em seguida. Olhei ao redor vendo que eu estava em um quarto claro, limpo e com cheiro de desinfetante. Onde é que eu estava? Esse quarto com certeza não era o meu.
Como flash, a memória de Nicolas no barzinho em que eu estava veio rapidamente. Nicolas estava no restaurante comigo? Como? Olhei para baixo, vendo que eu ainda estava com a mesma roupa que havia colocado ontem de manhã. Se Nicolas estava comigo ontem então... Esse quarto é dele? Fechei meus olhos forçando mais algum outro tipo de lembrança.
Um beijo!
— O quê? — falei alto cobrindo minha boca com a mão.
Eu havia praticamente pulado em Nicolas beijando-o e... Flashes dele me levando ao banheiro e eu ajoelhada em seu vaso sanitário vem à tona me fazendo ficar perplexa. Será que agora eu poderia enfiar minha cara debaixo do chão?
— Que merda que eu fiz? — resmunguei em choramingo. — Que vergonha!
Deitei na cama novamente, sentindo que minha cabeça ia explodir. Eu precisava de um remédio. Olhei para o lado e franzi meus olhos vendo um pequeno papel, junto a um copo de água e remédio.
"Bom dia Sarah. Esse remédio é para sua dor de cabeça, que provavelmente deve estar horrível. Coloquei uma escova de dentes nova no banheiro e toalha, pode tomar um banho se quiser."
Peguei o remédio tomando dois de uma vez e fui para o banheiro, que era enorme e lindo! Escovei meus dentes e tomei um banho. Vesti a mesma roupa de ontem, um jeans com uma camisa de manga e saí do quarto.
O corredor era médio. À medida que eu andava, vi mais um quarto e outro que parecia um escritório. Quando cheguei ao final do corredor, percebi que já estava na sala. Do meu lado direito estava a cozinha, e do lado esquerdo o sofá onde Nicolas estava sentado. Endireitei minhas costas e adentrei o ambiente. A zoada de minha sandália baixa, me dedurou, fazendo Nicolas virar o rosto me encarando.
— Vejo que acordou.
— Acordei. — murmuro sem graça.
— Tomou o remédio que deixei ao lado da cama? — ele pergunta deixando o celular de lado.
— Tomei, minha cabeça está um pouco melhor agora.
— Aposto que sim. Com fome? — ouço minha barriga roncar baixo com a menção da palavra e balanço a cabeça afirmando. — Pedi uma sopa para você de um restaurante aqui perto. Sente-se, vou servir para você.
— Não precisa ter esse trabalho, eu mesma posso pegar. — murmuro não querendo atrapalhar ainda mais.
— Isso não é trabalho, no entanto, o que fez ontem... — ele se levantou do sofá indo para a cozinha e senti minhas bochechas arderem de vergonha.
— Então, sobre ontem... — início sem saber por onde começar.
— Você sempre bebe daquele jeito? Quer dizer, nas reuniões que fazíamos com a turma do trabalho, você dizia que não gostava muito de beber.
— Bom... É que ontem eu precisava.
— Sei. — diz refletivo, enquanto coloca a sopa no prato e leva para o microondas. Aproveito para me sentar no banco, colocando os cotovelos na bancada fria e branca de mármore. — Levou um fora ou...
— Não, não foi isso. — Respondo rápido. — Não tem nada a ver com homens. Pra falar a verdade, prefiro não falar sobre.
— Tudo bem.
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Amor Previsível
RomansaSarah White e Nicolas Cook trabalham juntos na empresa de Arquitetura " Your Homes ", ambos talentosos no que fazem, deveriam ser companheiros de trabalho, mas na verdade, eles agem como cão e gato . Nicolas adora irritar Sarah, que por sua vez, sem...