Capítulo II: Pesquisa e Espaguete.

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Ligue sua magia, ela dizia para mim
Tudo que você quer está a um sonho de distância
Sob esta pressão, sob este peso
Nós somos diamantes
❜ ⌗ Adventure Of A Lifetime – Coldplay

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𝐄𝐫𝐚 𝟏𝟕:𝟐𝟗 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐏𝐢𝐞𝐫𝐫𝐞 𝐜𝐡𝐞𝐠𝐨𝐮 𝐧𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐜𝐚𝐬𝐚 em que morava com os tios. Os pais do garoto infelizmente faleceram em um trágico acidente de carro quando Pierre era bem novo, estando presente também. Ele considera esse dia como um pesadelo por não estar morto também.

O jovem fechou a porta atrás de si, anunciando a sua chegada, tirando o peso da mochila nas suas costas, suspirando aliviado por estar em um ambiente sereno e sem julgamentos. Ele se afundou no sofá e o seu tio aproximou-se.

━ Eai, Rapaz. Como foi a aula? ━ perguntava o tio, Théo.

━ O mesmo de sempre. ━ respondia com um sorriso sarcástico. O " mesmo de sempre " era todas as vezes que alguém comparava o jovem como alguém paranormal.

━ Ah, querido, não se preocupe. Logo, logo, você não vai mais poder ver essas pessoas. ━ acalmava a tia, Éléonore, oferecendo biscoitos de gengibre, que alegravam demais seu sobrinho.

━ Espero que esse dia chegue rápido. ━ falava Pierre enquanto comia os braços do biscoito, típico natalino, mas não era comemorado por Pierre, visto que também se comemorava o aniversário de sua mãe.

O homem ━ tio ━ de quarenta e sete anos tem cabelos levemente grisalhos e uma expressão facial madura, com rugas finas ao redor dos olhos e testa. Ele tem uma estatura média, com uma postura ereta e confiante. A mulher ━ tia ━ de quarenta e dois anos tem um olhar cativante. Seu cabelo pode ter algumas mechas de cinza, mas ainda mantinha um brilho saudável. Sua postura é elegante.

Pierre subiu a escada direto para o seu quarto fazer as lições de casa do dia, enquanto deixava seus tios conversando e assistindo televisão. Ao entrar no quarto, Pierre se deparou com um vulto bem rápido, que se disparou para ir embora da presença do rapaz assim que entrou. Entretanto, Pierre percebeu que a aparição repentina era de uma fisionomia masculina; a idade ele não sabia, mas podia-se especular que era jovem, assim como Pierre.

Ao contrário do que a maioria esperaria, ele estava bem acostumado em ver pessoas mortas, apesar de apresentar susto em seus olhos durante rápidos segundos. Ele pegou dois livros, um caderno e foi-se fazer atividade de Cálculo Avançado na escrivaninha ao lado do computador.

Assim que terminou a atividade, Pierre Dupont, estava indo pesquisar mais sobre Gabrielle, a empregada e amante de Alexandre, já que ele não conseguia tirar da cabeça o conteúdo do jornal que Hugo lhe entregou sobre a história de Sombreville. Ele estava muito curioso sobre o filho do Alexandre, queria saber mais sobre, principalmente o fato das pessoas terem visto coisas sobrenaturais.

A busca por respostas não rendeu muitas informações. Entretanto, ele achou um livro que talvez fosse do seu interesse. Não conseguiu achar um PDF para acessá-lo instantaneamente; sempre vinham anúncios na frente e tempo de espera. O nome do livro era Sombreville: O Enigma Sombrio.

Na capa, um caminho de paralelepípedos levava o olhar do observador até um arco de pedra, que parece ser a entrada para um beco estreito e sombrio. À esquerda do caminho, uma figura misteriosa está parada, meio envolta em sombras, olhando diretamente para o leitor, mas com seu rosto ainda oculto.

━ Certo, encontrei o livro. Agora... será que tem na biblioteca? Irei ver amanhã, antes das dez. ━ dizia Pierre para si mesmo. No momento em que ele iria pesquisar o site da biblioteca local, a tia bateu à porta duas vezes avisando que o jantar estava pronto.

Ao se sentar à mesa de jantar, o prato principal era espaguete com o molho que Pierre mais gostava. Os três conversaram sobre os trabalhos de Théo e Éléonore, a escola do sobrinho e outras coisas, principalmente sobre as habilidades, como os tios costumavam chamar, do Pierre.

━ Pierre, estávamos pensando... ━ Théo segurou a mão de sua esposa ━ gostaríamos que você frequentasse um terapeuta.

━ Como assim um terapeuta? ━ perguntava o garoto sem entender.

━ Bem... desde que seus pais morreram, você geralmente tem estresse sobre o acidente de carro, e adquiriu um trauma sobre isso. ━ explicava o tio calmamente.

━ E no jornal, querido, nós lemos aquela parte dos comentários de seus colegas. ━ complementava a tia num tom suave.

━ Eu simplesmente não quero frequentar um terapeuta... eu vou ter que tomar remédios e vão achar que eu sou uma pessoa mais louca ainda na minha escola! ━ exclamava incrédulo.

━ Pierre, pessoas que frequentam terapeutas não são loucas.

━ É, eu sei... me desculpem... me expressei de forma errada.

━ Não se preocupe, meu bem. Se você não quiser ir, nós iremos respeitar sua vontade. ━ falava Éléonore, se levantando da mesa e recolhendo os pratos.

Pierre assentiu com a cabeça e deu um sorriso. Em seguida, foi para o banheiro escovar os dentes e depois para o seu quarto. Lá, o jovem de dezenove anos ficou refletindo ━ com um livro de aventura em suas mãos ━ sobre a conversa que teve com os tios.

 Lá, o jovem de dezenove anos ficou refletindo ━ com um livro de aventura em suas mãos ━ sobre a conversa que teve com os tios

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꒷꒦꒷꒦꒷꒦꒷꒦꒷꒦꒷ Nota ꒷꒦꒷꒦꒷꒦꒷꒦꒷꒦꒷

Pierre só sofre, man mkkkkkkk

Eu peguei pesado no motivo pelo qual Pierre não comemora mais natal, não foi? Certeza que o Grinch veria alguma inspiração.

Tamanho de palavras: 875

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